Quando algo é muito bom, valioso, e interessante, a tendência em geral, é fazer com que permaneça para que todos aqueles que se interessam, possam usufruir.
Pratico o futebol de botão desde quando ainda era bem menino. Hoje, já quase careca e uma bagagem imensa de vida que se acumulou ao longo do tempo, ainda permaneço firme e forte naquela que era apenas uma divertida brincadeira, mas que cresceu, e foi sabiamente reconhecido com esporte. Quem diria...
As coisas mudaram muito de lá para cá, quando o negócio era simplesmente jogar botão sem se preocupar com nada. Jogava-se em qualquer canto onde os botões pudessem deslizar. As regras eram mais simples do que as praticadas hoje. Chutávamos ao gol de qualquer lugar. Os troféus eram feitos de caixinhas de papelão ou até mesmo caixinhas de fósforos, coladas e devidamente ornamentadas. A bolinha era um pequeno disco, dadinho, bolinha de cortiça e, na falta dele, usávamos velhos botões de camisa, papel alumínio ou papel de pão.
Tudo mudou. Os botões, por exemplo, são calibrados e confeccionados em acrílico. Os modelos são muitos e um é mais bonito que o outro. A bolinha ficou de fato redonda e é confeccionada em feltro. As traves são réplicas perfeitas do futebol de campo. As equipes usam uniformes em campeonatos oficiais. As técnicas para se jogar evoluíram muito. As palhetas são diversificadas e existem modelos tem para todo tipo de gosto.
Realmente o futebol de botão, que agora é chamado de futebol de mesa, seria perfeito, se não fosse por um motivo que ainda incomoda: O egoísmo de muitos que o praticam.
Classifico o futebol de mesa como algo muito especial. Ele diverte; gera novas amizades; mantém a inocência dos tempos de criança; faz bem para a mente e para o coração; leva a romper limites; faz novos campeões; coloca em igualdade, adultos e crianças, por exemplo.
Percebo que os botonistas da minha geração são apaixonados por jogar botão, e estão mais preocupados em se divertir do que em deixar uma herança desse esporte para as futuras gerações.
Existem clubes que estão bem fechados para entrada de novos adeptos. As caras são sempre as mesmas. E o culpado desse lamentável procedimento é o egoísmo que todos nós carregamos. Logicamente que muitos não agem assim porque querem. Talvez ainda não despertaram para essa necessidade eminente. Obviamente que ninguém é obrigado a ter esse tipo de preocupação.
O futebol de mesa é bom e interessante, pelo menos é assim que o vejo. Então, o melhor a se fazer além de se divertir com esse magnífico esporte, é abrir as portas das oportunidades para que os nossos jovens tenham acesso a este mundo encantado, chamado futebol de mesa.
É preciso pensar nas novas gerações que estão infectadas pela violência dos vídeos games atuais.
Que tal montarmos escolinhas para ensinar as crianças? Em nosso clube já o fazemos, e sei que em outros lugares também. Que bom.
Se o futebol de mesa não fosse tão bom como o é, jamais teria sobrevivido por tanto tempo.
Combatemos o egoísmo que faz com que pensemos somente na satisfação própria. Levemos essa herança bendita chamada futebol de mesa para as nossas crianças. Tenho certeza que será bem mais divertido.
Obrigado por ler essa matéria. Até a próxima, se Deus assim permitir.
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