EURICO DE VOLTA AO VASCO! DE NOVO? NÃÃÃÃO!

O blog vem nesta coluna para tratar de uma questão séria, preocupante.
A vitória de Eurico Miranda nas eleições do Vasco é demonstração micro, em um clube de futebol, de que o fascismo está no ar!
Ficou claro no período pré e pós eleições presidenciais. Longe de ser uma visão maniqueísta, mas vermos em 2014 cidadãos, ainda que em minoria, defendendo um golpe militar e deputados e senadores que publicamente pregam o preconceito com os “diferentes” sendo eleitos com votações significativas é algo perturbador.
Reforça uma tendência histórica, não só no país, de resgate de pensamentos conservadores quando as gestões mais democráticas falham. Desde a República de Weimar que abriu espaço para o Nazismo na Alemanha, passando pelo Brasil que abrigou a Semana de Arte Moderna de 1922 e depois passou pela Ação Integralista e terminou com o Estado Novo de Getúlio. Sem contar a ultradireita fortalecida em outras nações importantes no planeta. Assim como as sanguinárias ditaduras socialistas.
Alternância de poder baseada em ideais de manutenção da TFP – Tradição, Família e Propriedade. Mais ou menos como os vascaínos que foram às urnas.
Decepcionados com a gestão Roberto Dinamite, buscam em Eurico o resgate da era vitoriosa, com times fortes e títulos. Também força nos bastidores, peitando rivais e emissoras de TV – esquecendo que também são parceiros comerciais.
É bom lembrar que no final da administração anterior do próximo mandatário o clube já estava afundado em dívidas, sem credibilidade no mercado e lutando para não cair no Brasileiro. Os eleitores vascaínos podem até querer voltar aos anos 1990, mas o país e o mundo mudaram bastante.
Toda truculência e desrespeito à liberdade, inclusive da imprensa, será noticiada. Até porque agora quase todo mundo tem um celular com câmera para registrar. Tudo isso apenas vai denegrir a imagem de um clube de linda história, respeitando as diferenças. Bem distante dos ideais e das práticas do próximo presidente.
Deixo aqui os pêsames a todos os cruzmaltinos que apoiam ou não a volta de um passado que devia estar enterrado. O futuro não parece promissor.

COPA CLÁUDIO CASSETI

Olá, amigos leitores. Foi realizada a Copa Cláudio Casseti neste sábado, 22 de novembro de 2014, com a participação de 09 pessoas e em um clima de muita descontração. O torneio foi disputado em turno único, onde a definição de campeão e demais posições seria por pontos corridos.
O torneio foi bem equilibrado até a penúltima rodada, onde Cláudio 'Latino' garantiu o título com antecedência, indo para a última rodada só para receber a faixa de campeão.
A descontração tomou conta do ambiente, onde todos jogamos brincando um com os outros, contando piadas, inventando histórias e rindo das jogadas erradas e derrotas dos outros. Nos divertivos até com a chuva que caía fora do salão.
Abaixo segue a classificação final:
CAMPEÃO - Cláudio 'Latino' Leão
VICE CAMPEÃO - Marcão
3º LUGAR - Breda
4º LUGAR - Maia
5º LUGAR - Maia Jr
6º LUGAR - Rodrigo Risada
7º LUGAR - João Ricardo 'Gordinho'
8º LUGAR - Lauria

QUANDO EDSON PISA FEIO NA BOLA!

Pelé é o maior de todos. O atleta do século XX! Um mito! O jogador de futebol mais completo que já existiu. Fez gols de todas as formas possíveis e imagináveis. É o Deus do esporte mais popular do globo terrestre. Até mesmo gols perdidos seus viraram obras-primas, poderiam figurar em pinacotecas de quadros vivos da bola, como o drible da vaca no uruguaio Mazurkiewicz. É uma figura adorada, idolatrada, salve, salve! Seu jogo foi perfeito, infalível, de mais de mil gols, mais de mil socos no ar, mais de mil glórias. Milhares de palmas são insuficientes. Vida longa ao Rei!
Ufa… Depois deste necessário preâmbulo para falar do maioral da bola, peço vênia à majestade para referir-me à sua face humana, Edson Arantes do Nascimento. Este, ao contrário daquele, erra, faz parte dos mortais. Pisa na bola, coisa que, se fez alguma vez no gramado, Pelé logo corrigiu com um gol de letra, de primeira, esquerda ou direita, cabeça ou qualquer outra forma do seu infinito repertório concedido pela genética ou por alguma divinidade que o escolheu a dedo. É preciso antes idolatrar Pelé – uma redundância diante da história – para poder então criticar as opiniões de Edson, algumas bastante controvertidas. Sem deboche, pois mesmo com a distinção de figuras Pelé e Edson habitam o mesmo ser. Aproveito aqui a separação que o próprio sempre fez entre o homem Edson e o jogador Pelé. Diferença que ajuda a aliviar culpas, como a deste escriba, fã ardoroso de Pelé e que, assim, sente-se mais confortável para discordar de Edson sem trair suas mais arraigadas paixões.
Edson, um negro que, na pele de Pelé, conquistou o Brasil e o mundo, não viu com bons olhos a reação do goleiro Aranha aos insultos racistas que recebeu. Para sustentar seu argumento, lembrou, vejam só, de Pelé, seu alter ego, que, segundo ele, ouviu muitos xingamentos do tipo na carreira e não reagia porque se o fizesse pararia uma quantidade enorme de jogos. Então deveria tê-lo feito. Imaginem se nas décadas de 60 e 70, no seu auge, o maior dos jogadores se revoltasse ao ser chamado de “macaco ou crioulo” e forçasse a paralisação desses jogos? A repercussão, mesmo em tempos bem menos midiáticos, seria provavelmente ainda maior que a do goleiro. Caso se recusasse a jogar enquanto ofendessem sua dignidade, Pelé teria durante sua brilhante carreira erguido uma bandeira com ressonância talvez maior que o famoso clamor para que o país olhasse para as crianças pobres, feito após a marcação do milésimo gol, no Maracanã. Imagine o que não contribuiria para a causa do combate ao racismo uma postura dessas vindo de um jogador que todos queriam ver? Seria uma espécie de Martin Luther King de chuteiras ou um Mandela dos gramados.
Edson certamente não teve a intenção, mas acabou fazendo uma defesa da tolerância ao racismo nos estádios. Pediu que os atletas negros sejam cordeirinhos, meninos de engenho calados diante das línguas em forma de chibata dos ignóbeis que frequentam arquibancadas e estão por aí, nos recantos das cidades. Pelé fez gols de placa. Edson às vezes faz gols contra.

COPA CLÁUDIO K7

Olá, amigos leitores - botonistas ou não!
Será realizado, na Liga IV Centenário, no dia 22 de novembro de 2014, penúltimo sábado do mês, às 14 horas, a Copa Cláudio K7 de Futebol de Mesa. O torneio será realizado através de uma parceria entre o HFM, o seu padrinho, Cláudio Casseti e a Liga IV Centenário. Realizado para reunir botonistas de diversas localidades e, principalmente, de nosso bairro e adjacências. Premiação até o oitavo lugar. Troféu para os três primeiros e medalhas até o oitavo lugar. Caso surjam mais novidades, informaremos.
Quaisquer dúvidas, entrem em contato:
(21) 97230-1512 ou rlauria_1980@yahoo.com.br
Aguardem que virão mais. Informaremos.

IR E VER!

Faz uma década que um dos maiores jogos de futebol do mundo foi vetado para os torcedores do time visitante. Políticos, autoridades e dirigentes argentinos confessaram-se incompetentes para organizar o principal evento esportivo do país em 2004, quando Boca Juniors e River Plate se encontraram nas semifinais da Copa Libertadores da América. Em nome da segurança que são incapazes de oferecer, os responsáveis decidiram eliminar uma parte do espetáculo.
Naquele ano, nenhum torcedor do Boca Juniors pôde ver o gol de Tevez ou a defesa de Abbondanzieri nas cobranças de pênaltis no Monumental de Nuñez. E se viu, estava infiltrado entre “inimigos” e não pôde celebrar, o que obviamente corrompe a experiência de torcer. Não fosse a televisão, a comemoração que gerou a expulsão de Tevez por imitar o bater de asas de uma galinha (em alusão pejorativa à torcida do River) seria uma lenda alimentada por fotografias e pelas versões, nem sempre coincidentes, de quem estava no estádio.
Buenos Aires voltará a ver dois superclássicos nos próximos dias 20 e 27, pelas semifinais da Copa Sul-Americana, e a única afirmação que se pode fazer de antemão é que os jogos terão apenas público local. Não se pense, porém, que serão noites sonolentas para as forças de segurança. Efetivos de mais de dois mil policiais têm sido frequentes nos encontros entre Boca e River nos últimos anos, mostra do aparato que se tem de montar para garantir que tudo corra bem mesmo sem a presença de torcedores visitantes.
É animador saber que as finais da Copa do Brasil não seguirão o (mau) exemplo do futebol argentino, e, ao contrário do que temos acompanhado recentemente nos clássicos entre Cruzeiro e Atlético Mineiro, torcedores de ambos os times poderão ir ao Independência e ao Mineirão. Mesmo que a decisão tenha sido tomada em um ambiente de pouco entendimento entre os dirigentes dos clubes de Belo Horizonte, muito pior teria sido permitir que partidas históricas – provavelmente as maiores entre esses rivais, em todos os tempos – fossem realizadas com restrição de público. O futebol é um jogo entre dois times que só existem por causa das pessoas que os sustentam.
Acostumamo-nos no Brasil a clássicos disputados em estádios neutros e cargas de ingressos divididas. Uma configuração “democrática”, que já nos proporcionou ambientes espetaculares, mas que não se aplica a situações como a que discutimos aqui: jogos de ida e volta em estádios diferentes. É preciso respeitar os interesses esportivos e econômicos que fazem com que um clube queira jogar em sua casa, mesmo que isso signifique que menos pessoas terão acesso ao evento. É assim em todos os lugares onde o futebol é importante. O que não se pode aceitar é torcida única, um passo perigoso na direção do impensável: o futebol sem público.
É ótimo que atleticanos e cruzeirenses possam acompanhar seus times nos estádios rivais, um direito que torcedores do Boca Juniors e do River Plate perderam há dez anos.

GALO ÚNICO

Foi 2 a 0 Galo. E poderia ter sido maior o placar.
O Cruzeiro tentou se sentir em casa no Independência. Luan não deixou. Marcos Rocha cruzou com categoria e o atacante que corre, que joga e que marca abriu o placar. Impedido. Como também foi irregular o time que não teve Everton Ribeiro inspirado. Ricardo Goulart voltou a não aparecer. Willian se doou mais uma vez, como Marcelo Moreno, mas sem o aproveitamento usual – também pela ótima atuação de Leo Silva e do surpreendente Jemerson. Mayke também não apareceu no ataque com a mesma fluência, bem marcado que foi pelo cada vez melhor Carlos e pelo promissor Douglas Santos. O ótimo Carlos que é outro atacante que sabe jogar (e muito), e aprendeu rapidamente a não deixar jogar (e bastante).
Pela esquerda, Samudio não atacou como Egídio, e marcou ainda menos que o titular da esquerda do Cruzeiro. Diferentemente dos volantes Josué e Leandro Donizete, que não deixaram jogar o meio-campo celeste, e deram o suporte para Dátolo flutuar e, também, Marcos Rocha apoiar com consistência para passar a bola do primeiro gol como se fosse com as mãos. E, na segunda etapa, levantar a bola na área rival como se fosse com os pés na cobrança do lateral, para o segundo gol atleticano.
O letal arremesso lateral de Marcos Rocha chegou a Carlos, que deu o segundo gol a Dátolo, fazendo justiça à intensidade e qualidade do time do decisivo Tardelli, e, também, a uma partida pálida do Cruzeiro. Ainda reversível pela força celeste, um time que pode vencer qualquer rival no Brasil. Mas muito difícil de acontecer pelo que tem feito esse Galo doido. E são. Um time que pode se superar contra qualquer adversário.

ARBITRAGEM NO FUTEBOL DE MESA.

(por Adauto Sambaquy)
Jogar futebol de mesa é o que todo botonista deseja ardentemente. Agora, ser escalado para arbitrar uma partida é coisa para pensar. São poucos os que se dispõem a apitar um jogo, principalmente se esse jogo for daqueles encardidos, com dois expoentes lutando por um caneco.
Trato deste assunto depois de ler a crônica escrita pelo Flávio Liza, na qual aborda o conhecimento da Regra por todos os botonistas. Uma das contestações foi feita pelo Augusto, afirmando que nunca leu a regra, mas que seus jogos jamais são complicados e sempre há paz ao final de suas partidas.
Penso diferente dele, pois o posicionamento do árbitro em um jogo pode determinar um final feliz ou criar uma grande confusão que acaba envolvendo muita gente.
Apitei a final do segundo campeonato brasileiro, realizada em Recife, entre Roberto Dartanhã e Cézar Aureliano Zama. Uma partida excepcional, onde não havia senões e nem erros, pois foi decidida por uma infelicidade do Cezar Zama, numa jogada fácil, mas que por um problema qualquer o seu botão travou e não atingiu a bolinha. Dartanhã não perdoou e marcou o único gol do jogo.
Nesse mesmo campeonato tive contra mim uma falta técnica aplicada por um árbitro nordestino, simplesmente por ter errado uma jogada e ter reclamado de mim mesmo sem, contudo me dirigir ao meu adversário. Aquilo me incomodou bastante.
A minha parada com o futebol de mesa, já relatada em coluna anterior, foi devido a um jogo pelo Campeonato Brasileiro realizado em 1980, em Pelotas. Jogava contra um grande botonista baiano e estava vencendo por 1 x 0, quando o referido adversário começou a minar minha resistência. Criava a jogada e me preparava para bater, mandando-o colocar seu goleiro. Ele colocava, vinha para a minha direção e olhava meu botão, olhava seu goleiro, voltava para sua posição de defesa e tocava no goleiro novamente. Ia e voltava, fazendo isso diversas vezes. Dizia que estava pronto. Eu colocava a paleta em cima do botão para chutar e ele interrompia afirmando: espera que vou recolocar o goleiro. Fazia tudo novamente. Chegava a ficar mais de um minuto nessa lenga-lenga. Eu olhava para o árbitro que ria da coisa. Chegou um ponto que não aguentei mais e entreguei, literalmente, o jogo. Disse-lhe que estava agindo mal, mas ele estava imbuído em vencer. Conseguiu empatar. Eu acabei me desequilibrando e perdendo a calma. As coisas foram piorando e não dando certo e eu acabei fazendo uma porção de bobagens: dois toques, gol contra. Para mim terminou a minha participação de forma competitiva em campeonatos brasileiros, naquele jogo.
Após o ocorrido, eu parei de jogar campeonatos brasileiros. Organizei um em Brusque e depois disso nunca mais joguei. Essa parada durou quase trinta anos. E isso por falta de conhecimento por parte de um árbitro, que tinha a obrigação de alertar meu adversário sobre o tempo que poderia usar para sua jogada. Não o fez, talvez, por nunca ter lido a Regra Brasileira.
Voltei a jogar depois desse episódio, por insistência do pessoal de Caxias, no Centro Sul, realizado na cidade em 2011. Joguei três partidas, perdendo duas e vencendo uma. Depois disso fui inscrito no Brasileiro realizado em Salvador, em 2012, onde consegui jogar duas partidas e perdê-las, tendo entregado o terceiro jogo ao Carlos Alberto, de Recife, por não reunir mais condições físicas para continuar jogando.
Fui escalado para arbitrar um jogo pouco antes desta terceira partida numa sala com um calor tremendo. Avisei aos dois adversários da minha desatualização da regra e que eles me ajudassem. Graças a Deus não houve problema algum e conseguimos terminar o jogo com tranquilidade. Só que, para quem não está treinado, ficar ao redor de uma mesa, marcando o jogo, deixou-me sem condições para a última partida. Não teria chance nenhuma e procurei o Carlos Alberto e lhe comuniquei a minha decisão, pedindo que me desculpasse pelo abandono.
Realmente arbitrar jogos de futebol de mesa é bem mais desgastante do que jogar. E para que não exista problema, a regra deverá ser conhecida totalmente.
Por essa razão eu apoio o que o Flávio Liza escreveu. Deveremos conhecer a regra para podermos ter certeza de nossas decisões. Com isso, evitaríamos situações desagradáveis como as que ocorreram em campeonatos brasileiros e que, até os dias atuais, são motivo de piadas entre os botonistas.

RESGATE DE MINHA HISTÓRIA NO FUTEBOL DE MESA NO MEIO DA TURBULÊNCIA!

Olá, amigos leitores! Devido a um pequeno momento de turbulência e dificuldades, venho tentando reorganizar minha vida financeira sem me esquecer de meu esporte e hobby favorito.
Enquanto estou nessa fase turbulenta, venho escrevendo em meus arquivos pessoais histórias de meus jogos até 2001, antes de me federar e meus animados confrontos contra meus amigos que fiz ao longo desses 12 anos de "profissionalização". Venho resgatando esta minha história no futebol de mesa e escrevendo-a em meus arquivos pessoais para que se tenha registrado para meu filho e as próximas gerações sobre o que vivenciei no futebol de mesa e o que o esporte nos beneficia. Óbvio que escreverei tudo aqui no blog, mas enquanto isso continuarei arquivando em meus cadernos.
Há muitas histórias boas que já escrevi e ainda têm muitas para contar, além de quase todos os meu jogos anotados. Confesso que os arquivos de jogos não estão 100%, pois perdi algumas anotações antigas e não tenho alguns jogos anotados. De 2002 até hoje as anotações estão completas e estão arquivadas também em arquivo de computador, mas somente na modalidade Dadinho, que é a principal modalidade que eu jogo. Farei o mesmo com os outros arquivos, para que não se perca e tenha a minha parte da história do futebol de mesa contada para as minhas gerações seguintes.
Em breve escreverei todas as histórias de meus arquivos aqui no blog, mesmo que eu tenha que contar com nomes fictícios, pois há muitas histórias bombásticas e reveladoras e não podemos expor nossos colegas! Espero que sirva de incentivo para outras pessoas também contar suas histórias, mesmo que seja em outras modalidades. Digo isso porque a minha inspiração para escrever este blog e fazer meus arquivos pessoais, foi Adauto Sambaquy através de seu blog.
Então, amigos, vamos aproveitar o incentivo e cada um escreva a sua história sobre o futebol de mesa. Só assim para deixarmos acesa essa chama que já passa dos 100 anos! Uma excelente herança de um jogo muitíssimo parecido com o nosso futebol de campo. Passos foram dados e cada um deve fazer a sua parte! Vamos lá!