A VONTADE DO WIL

A bola se perde pela linha de fundo. Escanteio.
- André, agora vai ser gol!
Não tem alma viva no estádio que acha que sai alguma coisa boa naquele jogo, com aqueles jogadores, com aquele time. Mas Wil acredita. Torce. E a bola, claro, não entra. O irmão caçula André tem 22 anos a menos. Wil tem idade para ser pai dele. E é. Meio pai, meio irmão. Tudo. Principalmente quando nada dá certo para o Palmeiras. André fica sempre com raiva de Wil.
- Como pode ser tão otimista? Como pode ser tão alegre com essa draga de time?
Wil não se importa com a crítica e a ranhetice do irmão. Ele se importa mesmo com o Palmeiras do pai que morreu com 53 anos, e com quem aprendeu a ser torcedor. Embora poucos torcedores aprendam a torcer tanto e tão bem quanto Wil. O Palestra Italia todo cornetando como bons palmeirenses que se prezam e que se prestam a cornetar. O Wil acreditando em cada jogo, em todo o time.
- Eu puto com o Palmeiras e mais ainda com ele! Como pode ter tanta esperança naqueles times tão ruins? Mesmo nas vacas gordas da Parmalat, nem sempre dava para vencer. Mas ele acreditava em todas.
Como só o Wil parecia acreditar na virada de 4 a 2 sobre o Flamengo, na Copa do Brasil de 1999. Pareciam 11 Wils em campo, e mais de 30 mil na arquibancada.  Wil de Wilson. Mas podia ser de Will. Vontade, em inglês. Goodwill. Boa vontade universal.
O “maior presente” que o irmão caçula André deu a ele foi um ingresso para a final da Libertadores de 1999. Depois de horas na fila para comprá-lo (o que era pouco para quem sofrera 16 anos na fila sem títulos), André pôde dar “o melhor presente que eu ganhei na minha vida”, nas palavras de Wil.
Ao menos até a visita há pouco tempo na Academia do Palmeiras. Wil ainda conseguia andar. Pouco, mas conseguia. Estava perto do campo quando uma bolada de Diogo estourou na grade. O atacante pediu desculpas pelo lance de treino. Wil, como sempre, achou Diogo o máximo. Por ter a mesma humildade e simplicidade desse designer de interiores de 55 anos.
Otimismo que não foi quebrado quando o médico disse há pouco mais de um ano que ele tinha câncer. Um não. Dois. Ele não quis saber. Nunca. Não quer saber da doença. Só pergunta ao médico, desarmando-o como se fosse um Dudu ou César Sampaio:
- E aí, doutor, já achou a minha cura?
Ele nunca soube que está indo. Sempre acredita. Como sempre crê no Palmeiras:
- Agora vai sair gol!
- Vai nada, Wil! O Palmeiras tá uma inhaca! De que jeito vai sair gol?
Ele não sai mais de casa há algumas semanas. Não se levantava até semana passada, quando o irmão André entrou em contato com Evair. O Matador que deu a vida ao Palmeiras em 12 de junho de 1993, logo que soube da história, resolveu conhecer Wil. Foi à casa dele no Cambuci. Wil, que mal conseguia falar, logo levantou para dar um abraço em Evair.
- Deus sabe o que faz. Deu força ao meu irmão.
André mostrou com o irmão a coleção de jornais que ele guarda desde a Academia de Ademir da Guia. Evair até levou um. As páginas contavam proezas da Via Láctea da Parmalat, desde 1992. Quando o Palmeiras foi vice paulista, na primeira vez em que André chorou no estádio a perda de um título, para o São Paulo.
- Não chora, André. Ano que vem a gente vai ser campeão.
Eram 16 anos de jejum. Acabaram no ano seguinte, em 12 de junho de 1993, como Wil havia “previsto”. André ainda chorou com o Gol Porco de Viola, no primeiro jogo da decisão paulista de 1993. Gritou muito “chora, Viola, imita o porco agora”, no final do jogo decisivo,na revanche dos 4 a 0. Mas Wil não queria saber de revanche. Talvez nem mesmo de vitória. Apenas de viver simples. Alegre. Com humor. Com amor. Com Palmeiras.
A final de 1999 foi o “melhor presente da vida” de Wil até a visita ao CT um pouco antes da Copa. Quando Diogo prometeu fazer um gol para ele contra o Grêmio. Ele fez, na Arena. Mas a arbitragem invalidou. Wil lamentou a vitória perdida com a homenagem.
- Bateu na trave – conforta-se André.
Até por que o “melhor presente” que ele recebeu na vida foi a visita em casa de Evair.
Como seria a de São Marcos. Nesta sexta, André me ligou. É jornalista. Havíamos conversado em um evento do PES 2013. Ele queria que eu contatasse o Marcão para fazer uma visitinha ao irmão Wil. O quanto antes:
- Mauro, desculpa te ligar, mas é que acabei de saber que o estado de saúde do meu irmão é terminal. Ele tem pouco tempo de vida.
Liguei pro Juan, assessor do Marcos. Ele estava entrando em contato com o Marcão quando o André me ligou de novo, coisa de 45 minutos depois do primeiro contato:
- Mauro, agradeça ao Marcos por tudo, e pelo vídeo que ele gravaria para o meu irmão, e pela visita que ele faria depois… Mas meu irmão acaba de partir. Não deu uma hora do primeiro contato. Wil morreu, aos 55 anos. André tem 34 anos. Entre eles, duas irmãs. Entre nós, o Palmeiras.  Mais que o Verdão, uma paixão que fez Wil acreditar até quando a bola desconfiava. Wil que nunca quis saber qual era a doença dele. Como ela estava o levando. Ele sempre levou de vencida. De fato, como escreveu o maestro Totó, é um campeão. Um palmeirense que sempre acreditou:
- Cara, vai sair gol.
Não saía tanto nos últimos tempos, Wil. Mas, para ele, não importava. Mais importante era acreditar. Era driblar os problemas. Era torcer. Era ser feliz. Era ter como maior presente a presença no estádio numa decisão. Era ter o maior presente em ver o time treinar na Academia. Era ter o maior presente ganhar um abraço de Evair.  Você que não gosta de futebol, meus sentimentos. Você que conheceu o Wil, meus sentimentos. Você que torce por um time, qualquer time, parabéns. Você é uma pessoa feliz.                                                                                                                       Good Will.

NOS ACHAMOS OU NOS PERDEMOS

Quem se acha se perde. O Brasil às vezes perde por se achar em campo. Felipão achou que dava para encarar de igual a Alemanha. Ainda não se achou depois de perder como jamais perdemos em 100 anos. A Seleção, quase sempre, propõe o jogo. Ataca até quando não tem com quem, como e, por tabela, por quê?Um de nossos erros nos últimos anos não é ter complexo de vira-lata. É arrogância de cachorro grande. De achar que só nós somos, que só nós podemos. Pois é.

Embarcando em qualquer aeroporto do Brasil, talvez tenham “descoberto” um dos motivos para nossa jactância. Para a soberba soberana. Nunca tinha pensado nisso. Mas a tradução para o inglês me ajudou.
Está lá a indicação para o setor do aeroporto onde estão os objetos esquecidos pelos usuários: “Perdidos e achados”. “Lost and found”, em inglês. Achei engraçado adotar a versão em inglês como prioritária. Mas só então saquei e nossa inversão de valores – perdidos, ou esquecidos. 
Para se achar algo é necessário que ele tenha sido perdido. Não se acha algo que não foi perdido. Ou não se acha antes da perda. O mais lógico é a forma em inglês. Lost and found. Primeiro perdido; depois achado. Aqui, não. Primeiro achamos o que foi perdido.
Ou, no futebol, primeiro nos achamos. E, depois, de fato, muitas vezes nos perdemos.Não sei se é uma viagem dentro da viagem. Ou o cansaço de uma madrugada de pouco sono. Mas quem procura acha.

A COPA NÃO É DAS COPAS, É DAS EMOÇÕES

Pequenas coisas podem te emocionar em uma Copa do Mundo. Povos tão diversos, culturas várias, hábitos e crenças próprias, e a unidade humana de queixo erguido no meio disso. Esse laço, que trespassa as diferenças, é inquebrantável para os mais sensíveis. O desolamento do goleiro Akinfeev após a falha no gol sul-coreano dilacerou meu coração. Passei os minutos finais torcendo pela Rússia, pelo afago do destino no jogador. Queria vê-lo inteiro, erguido, aliviado. Pensei no quanto para ele era um sonho defender seu país na competição maior. Ali me senti seu parceiro, camarada, sem guerras frias e Sputniks a nos dividir. Eu era uma espécie de Raskolnikov, personagem célebre de Dostoievski, mordido pela culpa. A culpa humana. Minha compaixão com o sujeito nascido do outro lado do mundo, a solidariedade prevaleceu. O gol de Kerzhakov, admito, me deu paz à alma. Akinfeev, vi você de olhos cerrados no hino nacional. Tô contigo!
Enquanto era executado o hino nigeriano, meus olhos foram ficando marejados. Em meio àquele mar azul celeste e branco, sinal da invasão argentina a Porto Alegre, punhados de homens e mulheres vestidos de verde cantavam a plenos pulmões e agitavam pequenas bandeirinhas. Eu ouvi a alegria daquela imensa minoria de negros de um continente judiado que expressavam seu orgulho. Não entendi nada do que cantavam, mas senti tudo que sentiam. O símbolo daquilo era humano. O momento em que eles estavam na ribalta. Uma população de 175 milhões (estão admirados?) tendo voz. Minha emoção era de felicidade por eles poderem se expressar e ver seus heróis nacionais em campo. A fome, as guerras tribais e religiosas, nada daquilo era páreo em dado instante. Tô com vocês, meus amigos nigerianos!
É inadmissível para um jornalista esportivo dos tempos modernos, que deve conhecer até atletas do Campeonato da Tailândia, eu sei. Mas nunca tinha ouvido falar em Serey Die. No dia do jogo entre Costa do Marfim e Colômbia virei seu irmão de alma de imediato. Seu choro convulsivo no hino marfinense, com soluços, me arrepiou. Somo assim, bobinhos, os humanistas. Nos comovemos com pequenas imagens. Um homem também chora, e o faz quando pensa na sua terra, na sua gente, nas suas dores, na sua condição de ser vivente. As notas da canção pátria foram pesadas para seu coração. Mostrou-se gente como a gente. Não conteve a descarga de tanta emoção. Tô contigo, Serey Die!
Akinfeev, Serey Die e a torcida da Nigéria me emocionaram porque me fizeram, de alguma maneira, colocar em seus lugares. A frustração do goleiro, a comoção do volante e o orgulho de pertencimento da massa africana são sentimentos íntimos para nós, humanos. O local de nascimento é um detalhe perto das expressões que conhecemos e experimentamos no dia a dia aqui, na Rússia, na Costa do Marfim, na Nigéria ou em qualquer outro lugar. Não sei se está é a Copa das Copas, mas tem gerado emoção das emoções em corações sobressaltados. Isso fica até mais que os resultados em campo.

BRASIL, ESQUENTAI VOSSOS PANDEIROS!

O futebol está voltando pra casa, diz uma propaganda que martela de cinco em cinco minutos nossos ouvidos. Outra canta, na suavez voz de Fernanda Takai, para amarrarmos o amor nas chuteiras. Já me peguei assobiando melodiosamente o jingle patrioteiro. Até lembrei de Araken, o showman, e da cantiga que embalou a narração de Osmar Santos em 86: “Ginga pra lá, gol! Ginga pra cá, Brasil!” Tem ainda uma em que um grupo de italianos viram a casaca para o “Brasile” ao tomar conhecimento de promoção televisiva em caso de título verde-e-amarelo. E há o rapaz que, sortudo, rejeita uma bela moça por ela ser argentina ao pensar nas agruras que um relacionamento com ela traria. “Soy casado“, emenda ele, com os olhos desesperados. Isso para não falar da cabeça de Maradona apagada por controle remoto e das vinhetas abrindo alas para a Copa.

Pitadas de ironia aqui e uma bocado de patriotismo acolá. Nos lares, bares e outros lugares a Copa pegou, por osmose. O silêncio (ainda) das ruas contrasta com o frenesi comercial do Mundial. O torneio pode até não ter chegado com a força de outros tempos nos muros e janelas das cidades brasileiras, mas onde houver um televisor há a trombeta berrando: Pra frente, Brasil! É um grande negócio essa Copa do Mundo. Se grandes marcas torram as burras nisso – basta ver o que a CBF recebe de grana pelo patrocínio à Seleção – e emissoras fazem dos direitos de transmissão um chamariz grandiloquente é porque o apelo é crescente, não diminuto, como alguns suspeitam. Se o povo ainda não expressa euforia é porque está esperando o Carnaval chegar. As temidas (por Fifa e governo) manifestações surfarão na onda da visibilidade que a Copa dá. Elementar! Mas a paixão pela bola, misturada com certo orgulho nacional, fatalmente ficará à flor da pele quando a rede balançar.
O Brasil perdeu oportunidade rara, com os olhos do mundo voltados para cá e os negócios fervilhando, é verdade. Isso tem que ser dito e cobrado nas ruas e nas urnas. A festa do futebol, porém, merece seu crédito. Nada de ignorar desvios, promessas não cumpridas e uma série de avacalhações. Que esteja no caderno da mente como lição para um futuro melhor e mais engajamento no bem coletivo. Mas nada de dar uma bicuda para escanteio na paixão pelo esporte. Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar estarão entre nós. Rivalidades estarão entre nós. A chance única de ver um Mundial em nossas terras se concretiza logo ali. Um povo essencialmente festeiro não vai dar de costas agora.
A vida não se resume a festivais nem Mundiais, bem sei meu caro Geraldo Vandré. Posto isso, não custa pensar que assim como nos anos 60 plateias se apinhavam para ver as novas lendas Chico, Caetano, Gil, Roberto e outros, agora novas multidões nossas se reunirão para ver e torcer. A emoção que faz do futebol um bem cultural, um patrimônio da humanidade, é muito forte, prevalece. Não precisamos das propagandas e das vinhetas, elas apenas antecipam o natural.

A EVOLUÇÃO AINDA QUE TARDIA

Caros amigos leitores, é um prazer escrever novamente pra a sua leitura. Ainda mais na centésima coluna deste charmoso blog. E a matéria não poderia ser diferente e ainda ressalta um quesito importante na história do Higienópolis F. M. e de seu técnico fundador.
Eu jogo futebol de mesa desde 1987, quando tinha meus 07 anos - por influência de meu pai e meus tios... Em 1989 nasceu meu irmão, que  aos 05 anos também teve incentivos para jogar e era meu companheiro e adversário no futebol de mesa. Eu seguia procurando novas amizades para jogar e procurei lugares aonde organizava campeonatos para jogar. Porém, só obtive sucesso no final de 2001 e início de 2002 - quando me afiliei em um clube e me federei.
Comecei em março de 2002 a disputar torneios oficiais e a conhecer novos amigos e outros clubes que há departamento de futebol de mesa. Eu era imaturo, inexperiente, meio travado em relação aos que jogavam, pois eles já tinham 'bagagem' e experiência. É certo que, ao longo do tempo, fui me tornando mais experiente, mais 'cascudo'. Mas não concentrava, não focava nos jogos, só queria bagunça... E assim sendo ao longo dos anos. Passei por alguns poucos clubes e desde o início de 2012 entrei para a família River F. C.. Um celeiro de craques e uma bela família, o que torna o ambiente muito agradável.
Desde 2002 até 2012, sempre levei mais na brincadeira do que a sério. Pois o mais importante era encontrar os amigos, papear, brincar... Mas entrando para a família riverense, percebi que posso fazer isso tudo levando a sério os jogos e os torneios, oficiais ou não. E a prova disso são as estatísticas. Em 2013 tive desempenho - nos treinamentos internos - melhor do que em 2012 e terminei o Campeonato Estadual (RJ) em 22º lugar, tendo o melhor desempenho desde 2002 - quando comecei. E ainda fiquei dois anos afastado, entre 2009 e 2011. Nesta temporada 2014, o desempenho em 06 meses está superando aos desempenhos de temporadas anteriores e poderá superar ao desempenho da temporada 2013. Ao menos, a média de gols pró já é a melhor de todos os tempos e assim manteremos até o fim.
O segredo é manter o foco, a dedicação e a concentração, treinar bastante e jogar o máximo de jogos possíveis. Assim, a tendência é evoluir tecnicamente e resultados aparecerão naturalmente. E estamos evoluindo mesmo que tardiamente, mas estamos. E só tenho a agradecer aos meus companheiros de clube. Em especial ao meu grande mestre Marcinho e ao meu grande amigo Márcio Maia, pelos conselhos e pelas dicas.

JÁ PENSOU?

Você já deve ter se surpreendido pensando se a Argentina vai ganhar esta Copa. Claro que pensou. Depois do sorteio dos grupos, quando ficou estabelecido que poderia acontecer uma final entre Brasil e Argentina, você pensou nessa final. Você imaginou essa final. Talvez você tenha desejado essa final.
Então você visualizou uma vitória do Brasil no Maracanã, e, imediatamente depois, algo desagradável fez seu cérebro mudar de assunto. Mas foi o suficiente para deixar uma sensação ruim, como os últimos instantes antes de acordarmos de um pesadelo. Você pensou em uma… Você sabe.
Foi neste momento que você passou a procurar razões para se convencer de que aquela possibilidade – é, aquela – era um devaneio, um surto. “Eles só têm um jogador…”, “a defesa não é confiável…”, “eles nem chegarão à decisão…”. Nada como o pensamento otimista para limpar a mente, não?
O fato é que você continua pensando e nem sabe direito por quê. Afinal, convenhamos, “eles” não deram motivo para ser considerados uma ameaça clara e presente. O “único jogador” está longe de decepcionar, é fato, mas ainda não encarnou Maradona. Não é o nome da Copa, é? Pois é, quer dizer, ainda não. Como Ruud Gullit disse outro dia na televisão, “eles têm os melhores jogadores e o pior time”. Combinação intrigante.
Ao ver o jogo contra a Argentina 2 x 1 Suíça, você voltou a pensar em tudo e não resolveu nada. A Argentina poderia ter perdido, mas ganhou. Poderia ter sofrido o empate no final da prorrogação, mas a trave não deixou. E você sabia como seria o gol, quem estaria envolvido, etc e etc. Tanto que, na hora, sua reação foi a de quem já tinha visto aquele lance. Estranho.
O time parece um projeto não finalizado, com defeitos que não são compatíveis com o brilho que você sabe onde está, mas nem sempre enxerga. Gullit também disse que “a Argentina só pode melhorar, e se isso acontecer…”. Por isso os pensamentos vêm e vão.

HIGIENÓPOLIS FM ENTRA PARA A HISTÓRIA DO RIVER F. C. (RJ)

Caros leitores, é um prazer escrever para a sua leitura. No último dia 23 de Junho de 2014, o River Futebol Clube - localizado no subúrbio da capital fluminense - completou 100 anos. Com muita honra estamos na história deste saudoso e charmoso clube, pois desde o início de 2012 fazemos parte do seu quadro de atletas.
As comemorações pelo seu centenário aconteceram no dia 22 de junho de 2014, com um delicioso café da manhã, um farto churrasco e nossa copa interna, a Copa River. E terminei na nona colocação nesta citada copa. Foi uma festa linda, com a presença do atual presidente e de ex-presidentes do clube, sócios, atletas e amigos que frequentam o clube.
Estavam presentes as pessoas que fazem do dia a dia do clube tornar-se algo prazeroso, construindo o ambiente familiar peculiar deste charmoso clube. O River F. C. é considerado um dos grandes clubes do futebol de mesa, pois temos uma equipe forte, homogênea e que sempre briga por títulos nas competições que participa, tanto individualmente quanto por equipes. Nossa equipe se renova, mas sempre mantendo a base.
Posso dizer, em nome da equipe de futebol de mesa, com toda a certeza e gratidão, que temos um imenso orgulho de representar este maravilhoso clube, onde gente de ótima qualidade o administra e já o administrou. E podemos afirmar que, na equipe do futebol de mesa, quando não conseguimos estar num dia bem, tecnicamente, levamos no peso da camisa. Pois os adversários tremem ao ver nosso uniforme quando vão nos enfrentar, mesmo que eles não assumam isso.
Somos a família riverense com muito orgulho! Tremem as mesas quando chegamos, adversários sufocados de medo ao ver nosso manto sagrado em nossos corpos! Éééééééé, River! Valendooooô!

JAMES RODRÍGUES, O NOVO CARA DO FUTEBOL MUNDIAL

Aos 22 anos, ele já é o maior goleador da história da Colômbia em Copas e venceu mais partidas do que a sua seleção havia vencido até aqui. no próximo jogo vem o Brasil. Ele vai continuar nessa toada?
A marcação cerrada exercida pelos dois volantes uruguaios, Arevalo e Álvaro Gonzales, surtia efeito até os 28 minutos do primeiro tempo. James Rodríguez, estrela dos três primeiros jogos da Colômbia, até alcançava a bola, mas não conseguia fazer com que ela chegasse a Téofilo Gutiérrez e Jackson Martínez, os dois atacantes escalados por José Pekerman para o duelo deste sábado.
Até que, em uma bola espirrada, James mata a bola no peito e bate de sem-pulo, em uma bola que tinha o ângulo esquerdo de Muslera como alvo. O uruguaio ainda conseguiu desviá-la, mas ela bateu na trave e entrou, estufando a rede do Maracanã. Um golaço, um dos mais bonitos da Copa.
James (pronuncia-se Rames) tem 22 anos. É meia do Mônaco-FRA, mesmo clube de Falcao García, cortado às vésperas da Copa por não se recuperar a tempo de uma ruptura do ligamento anterior cruzado do joelho esquerdo. Como já dissemos em ocasiões anteriores, como no jogo contra a Costa do Marfim, ele não sentiu o peso de substituir um protagonista e é, até aqui, o melhor jogador deste Mundial. Mais: com os dois gols de hoje, superou Neymar e Messi e assumiu a artilharia do torneio.
“Eu o conheço desde sua passagem pela Argentina”, disse o técnico derrotado, o uruguaio Óscar Tabárez. Deve ter ficado impressionado, já que a passagem de James Rodríguez pelo Banfield, de Buenos Aires, aconteceu entre os seus 17 e 19 anos – em seguida, ele foi negociado com o Porto, antes de chegar ao futebol francês. “Ele era apresentado como um talento do futebol. Talentos são aqueles que fazem o que conhecem sem ter uma experiência de vida. São como Maradona, Messi, Suárez. Ele tem um dom. E pude ver hoje que é um grande goleador”, disse o treinador.
James já é o maior goleador da história da Colômbia em Copas e conquistou, com o time cafetero, 12 pontos, que superam os 11 conquistados por sua seleção nos quatro Mundiais anteriores. É, sem dúvida, uma campanha inesquecível. “Estamos fazendo história”, disse, ao ser eleito pela terceira vez o jogador da partida. “É um sonho o que estamos vivendo e queremos chegar mais longe.”
Além do golaço, Rodríguez ainda faria outro, de raro oportunismo, ao ser servido de cabeça por Cuadrado, após belo lançamento de Armero. Na primeira fase, já havia sido eleito pela Fifa como o jogador com melhores números dentro de campo, em um critério mais técnico do que plástico.
O próximo desafio de James Rodríguez é contra os donos da casa, o Brasil. Ele não teme o desafio. “Não sinto pressão. É claro que temos que tomar cuidado porque eles têm bons jogadores e jogam bem. Mas nós também temos um bom time. Vai ser um jogo lindo”, afirmou.
José Pekerman, o argentino que treina a Colômbia, confia em James para que o time continue com o bom rendimento – são quatro vitórias em quatro jogos. “James sempre aparece nos jogos lutando bravamente. Na minha grande experiência como treinador, eu já tive jogadores de grande nível técnico. Apostei em James porque tem qualidades incríveis e não tem medo de assumir responsabilidades, o que muitos levam tempo para perceber. É um jogador técnico e tem tudo o que um atleta de primeiro nível precisa ter. Nunca tive dúvidas de que esta seria a Copa de James.”

ARTILHEIROS, NEYMAR E MESSI TÊM NÚMEROS EQUIVALENTES NA COPA

Estrelas da Copa e do Barcelona, Neymar e Messi vêm correspondendo e jogando o fino nesse mundial. Artilheiros da primeira fase com 4 gols em 3 jogos, os craques de Brasil e Argentina largam na frente pela Chuteira de Ouro da Copa.


Além do mesmo número de gols nesses três jogos, Neymar e Messi vêm mostrando um desempenho parecido nas estatísticas. Enquanto o atacante argentino finalizou mais, passou melhor e perdeu menos bolas, Neymar acertou mais chutes a gol, cruzou mais e correu mais em campo.
Autor de 4 dos 6 gols da Argentina na 1ª fase, Messi fez 67% dos gols da equipe de Alejandro Sabella. Um deles de falta. Já Neymar marcou 4 dos 7 gols do time de Felipão no mundial, ou 57% dos gols da seleção brasileira.
Nas faltas, Neymar recebeu mais do que o Messi nessa primeira fase (9 x 6). Porém, o brasileiro bateu um pouco a mais (3 x 1), além de ter um cartão amarelo contra nenhum do argentino. Confira abaixo os números de Neymar e Messi ao final da primeira fase da Copa do Mundo de 2014.