A VONTADE DE TRANSFORMAR O QUE ESCREVO EM UM LIVRO.

Muitas vezes, procurei obras que falassem sobre o nosso esporte, e as raríssimas publicações encontradas  nunca foram citadas em meu blog.
Continuo dizendo que só temos uma vida completa quando plantamos uma árvore, escrevemos um livro e temos um filho. Eu já coloquei um belo filho no mundo, plantei algumas árvores em minha vida, então... Falta publicar um livro que, pelo menos, será lido por quem gosta de jogar botão.
E isso, meus amigos, alimentaria a idéia de sonhos de vários botonistas que descrevo (ou não) em minhas colunas, alguns deles já ausentes de nosso convívio. Seria a minha homenagem a esses amigos queridos que, em muitas horas de suas vidas, dividem (ou dividiram) uma mesa comigo, jogando partidas de futebol de mesa.
Tenho certeza de que muita coisa ficará incompleta, pois somos falíveis, mas depois de uma leitura, muitos serão os questionamentos sobre não ter escrito a respeito de uma passagem determinada em que vivenciamos juntos e que, por um acaso do destino, eu esquecera. E, assim, com o tempo poderemos aumentar os acontecimentos e fazer a história ser completada, fechando um ciclo que seria maravilhoso recordar por inteiro.
Muitas obras ficam à espera do preenchimento de lacunas que, por acaso do destino, ficaram entregues a pessoas que as esqueceram em algum lugar do passado e por isso mesmo quase irrecuperáveis. Nós mesmos, quando por alguma razão, paramos de jogar, de manter contato com as pessoas que continuam praticando o esporte, ficamos alheios aos acontecimentos e perdemos o fio da meada. E isso, se não for documentado por alguém, com toda certeza, perder-se-á no contexto da história.
Com o passar do tempo, vão surgindo outras idéias, pois a criatividade ficará acima da média quando estamos envolvidos com um esporte que é a imitação de uma paixão nacional. Tudo o que fizermos pode ser recebido pelos leitores como ficção, viagem (no bom sentido), paixão, dedicação, amor ao esporte, etc. Temos a obrigação de divulgar tudo, já que aquilo que não for registrado estará fadado ao esquecimento.
Muitos dos relatos que circulam por diversos blogs afirmam que Geraldo Cardoso Décourt foi o inventor do futebol de mesa. Não tive a felicidade de conhecer e nem ter a amizade de Décourt, mas em seu livro, no qual dedica um capítulo ao futebol de mesa, confessa que aprendeu a jogar futebol de botão em 1922, com dois irmãos no Rio de Janeiro. Que editou um livreto de regras, o primeiro no Brasil, em 1930, chamado de Regras de Futebol Celotex, disciplinando a maneira de jogar, mas que jamais foi o seu inventor.
Por essa razão, vamos pensar seriamente em editar um livro, contando as histórias vivenciadas por nós e que envolvem inúmeros amigos, para que, num futuro distante, sejamos todos lembrados como pessoas que se deixaram apaixonar por um esporte, ajudando-o a se tornar popular e amado por todos os seus admiradores.
(Em 22/04/2013)