JOGANDO CONTRA O SANTOS DO AURÉLIO!

Bom, vocês sabem que temos muitas histórias para contar nesse mundo mágico do futebol de mesa. E esta é a que eu mais gosto de contar e vivenciar (pois ainda nos enfrentamos).
Jogar contra o sr Aurélio é uma honra imensa e a certeza de muita risada. Lembramos de quando nos conhecemos, dos torneios que disputamos em diversos lugares, de outros colegas que são engraçados ou que não temos afinidade, enfim, muitas histórias que surgem em nossas conversas.
Porém, rimos muito de cada jogo que nos enfrentamos, pois alguns 'jogadores' do seu poderoso Santos, craques da época de Pelé e que ainda continuam craques nas mãos do 'Navalhada'. Mesmo transformados em jogadores diferentes, os botões!
Craques da década de 1960 como Pelé, Coutinho, Carlos Alberto Torres, Dorval, Pepe, Rildo e o meu carrasco: Mengálvio! Um time de respeito, ainda mais quando o Aurélio vem com seus chutes tipo 'navalhada'! E mesmo ganhando ou perdendo, sou vítima dos gols do Mengálvio, do Coutinho, do Pepe e do crioulo que joga muito - o Pelé!
O 'Navalhada' ri muito toda vez que vem ao ataque, quando me enfrenta. Pois toda vez que pede pra chutar, eu comento: "Ah, não! Lá vem esse cara! Ele só faz gol em mim! Quem é esse mesmo? Mengálvio, né?" Me refiro sempre ao Mengálvio desse jeito por sempre marcar gols em mim, quando enfrento o 'Navalhada'.
E ele é o artilheiro deste poderoso time do Santos, conduzido magnificamente e em uma magia imensurável por um dos maiores craques da história do dadinho e do futebol de mesa do estado do Rio de Janeiro e do nosso clube, o River Futebol Clube.
E ainda lembramos de um conhecido atleta do meio botonístico, que insiste em dizer aos quatro ventos, que foi ele quem ensinou o 'Navalhada' e seu filho, Marco Aurélio, a jogar futmesa! Histórias que só quem vive no meio é quem pode contar!

COPA GABISA

Olá, amigos leitores - botonistas ou não!
Será realizado, na Liga IV Centenário, no dia 28 de dezembro de 2014, último domingo do mês, a 1ª Copa Gabisa de Futebol de Mesa. O torneio será realizado através de uma parceria entre o HFM (http://higienopolisfm.blogspot.com.br/) e o seu padrinho, Cláudio Casseti. Realizado para reunir botonistas de diversas localidades e, principalmente, de nosso bairro e adjacências. Premiação até o oitavo lugar. Troféu para os três primeiros e medalhas até o oitavo lugar. Taxa normal de etapa: R$ 20,00 para o TRADICIONAL CAFÉ DA MANHÃ! Caso surjam mais novidades, informaremos.




Quaisquer dúvidas, entrem em contato:

(21) 97230-1512 ou rlauria_1980@yahoo.com.br


ENTÃO É NATAL!

Um momento doce e cheio de significado para as nossas vidas. É tempo de repensar valores, de ponderar sobre a vida e tudo que a cerca. É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações. É sempre tempo de contemplar aquele menino pobre, que nasceu numa manjedoura, para nos fazer entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui.
Noite cristã, onde a alegria invade nossos corações trazendo a paz e a harmonia. 
O Natal é um dia festivo e espero que o seu olhar possa estar voltado para uma festa maior, a festa do nascimento de Cristo dentro de seu coração. Que neste Natal você e sua família sintam mais forte ainda o significado da palavra amor, que traga raios de luz que iluminem o seu caminho e transformem o seu coração a cada dia, fazendo que você viva sempre com muita felicidade.

COPA GABISA

Olá, amigos leitores - botonistas ou não!
Será realizado, na Liga IV Centenário, no dia 28 de dezembro de 2014, último domingo do mês, a 1ª Copa Gabisa de Futebol de Mesa. O torneio será realizado através de uma parceria entre o HFM (http://higienopolisfm.blogspot.com.br/) e o seu padrinho, Cláudio Casseti. Realizado para reunir botonistas de diversas localidades e, principalmente, de nosso bairro e adjacências. Premiação até o oitavo lugar. Troféu para os três primeiros e medalhas até o oitavo lugar. Taxa normal de etapa: R$ 20,00 para o TRADICIONAL CAFÉ DA MANHÃ! Caso surjam mais novidades, informaremos.

Quaisquer dúvidas, entrem em contato:

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EURICO DE VOLTA AO VASCO! DE NOVO? NÃÃÃÃO!

O blog vem nesta coluna para tratar de uma questão séria, preocupante.
A vitória de Eurico Miranda nas eleições do Vasco é demonstração micro, em um clube de futebol, de que o fascismo está no ar!
Ficou claro no período pré e pós eleições presidenciais. Longe de ser uma visão maniqueísta, mas vermos em 2014 cidadãos, ainda que em minoria, defendendo um golpe militar e deputados e senadores que publicamente pregam o preconceito com os “diferentes” sendo eleitos com votações significativas é algo perturbador.
Reforça uma tendência histórica, não só no país, de resgate de pensamentos conservadores quando as gestões mais democráticas falham. Desde a República de Weimar que abriu espaço para o Nazismo na Alemanha, passando pelo Brasil que abrigou a Semana de Arte Moderna de 1922 e depois passou pela Ação Integralista e terminou com o Estado Novo de Getúlio. Sem contar a ultradireita fortalecida em outras nações importantes no planeta. Assim como as sanguinárias ditaduras socialistas.
Alternância de poder baseada em ideais de manutenção da TFP – Tradição, Família e Propriedade. Mais ou menos como os vascaínos que foram às urnas.
Decepcionados com a gestão Roberto Dinamite, buscam em Eurico o resgate da era vitoriosa, com times fortes e títulos. Também força nos bastidores, peitando rivais e emissoras de TV – esquecendo que também são parceiros comerciais.
É bom lembrar que no final da administração anterior do próximo mandatário o clube já estava afundado em dívidas, sem credibilidade no mercado e lutando para não cair no Brasileiro. Os eleitores vascaínos podem até querer voltar aos anos 1990, mas o país e o mundo mudaram bastante.
Toda truculência e desrespeito à liberdade, inclusive da imprensa, será noticiada. Até porque agora quase todo mundo tem um celular com câmera para registrar. Tudo isso apenas vai denegrir a imagem de um clube de linda história, respeitando as diferenças. Bem distante dos ideais e das práticas do próximo presidente.
Deixo aqui os pêsames a todos os cruzmaltinos que apoiam ou não a volta de um passado que devia estar enterrado. O futuro não parece promissor.

COPA CLÁUDIO CASSETI

Olá, amigos leitores. Foi realizada a Copa Cláudio Casseti neste sábado, 22 de novembro de 2014, com a participação de 09 pessoas e em um clima de muita descontração. O torneio foi disputado em turno único, onde a definição de campeão e demais posições seria por pontos corridos.
O torneio foi bem equilibrado até a penúltima rodada, onde Cláudio 'Latino' garantiu o título com antecedência, indo para a última rodada só para receber a faixa de campeão.
A descontração tomou conta do ambiente, onde todos jogamos brincando um com os outros, contando piadas, inventando histórias e rindo das jogadas erradas e derrotas dos outros. Nos divertivos até com a chuva que caía fora do salão.
Abaixo segue a classificação final:
CAMPEÃO - Cláudio 'Latino' Leão
VICE CAMPEÃO - Marcão
3º LUGAR - Breda
4º LUGAR - Maia
5º LUGAR - Maia Jr
6º LUGAR - Rodrigo Risada
7º LUGAR - João Ricardo 'Gordinho'
8º LUGAR - Lauria

QUANDO EDSON PISA FEIO NA BOLA!

Pelé é o maior de todos. O atleta do século XX! Um mito! O jogador de futebol mais completo que já existiu. Fez gols de todas as formas possíveis e imagináveis. É o Deus do esporte mais popular do globo terrestre. Até mesmo gols perdidos seus viraram obras-primas, poderiam figurar em pinacotecas de quadros vivos da bola, como o drible da vaca no uruguaio Mazurkiewicz. É uma figura adorada, idolatrada, salve, salve! Seu jogo foi perfeito, infalível, de mais de mil gols, mais de mil socos no ar, mais de mil glórias. Milhares de palmas são insuficientes. Vida longa ao Rei!
Ufa… Depois deste necessário preâmbulo para falar do maioral da bola, peço vênia à majestade para referir-me à sua face humana, Edson Arantes do Nascimento. Este, ao contrário daquele, erra, faz parte dos mortais. Pisa na bola, coisa que, se fez alguma vez no gramado, Pelé logo corrigiu com um gol de letra, de primeira, esquerda ou direita, cabeça ou qualquer outra forma do seu infinito repertório concedido pela genética ou por alguma divinidade que o escolheu a dedo. É preciso antes idolatrar Pelé – uma redundância diante da história – para poder então criticar as opiniões de Edson, algumas bastante controvertidas. Sem deboche, pois mesmo com a distinção de figuras Pelé e Edson habitam o mesmo ser. Aproveito aqui a separação que o próprio sempre fez entre o homem Edson e o jogador Pelé. Diferença que ajuda a aliviar culpas, como a deste escriba, fã ardoroso de Pelé e que, assim, sente-se mais confortável para discordar de Edson sem trair suas mais arraigadas paixões.
Edson, um negro que, na pele de Pelé, conquistou o Brasil e o mundo, não viu com bons olhos a reação do goleiro Aranha aos insultos racistas que recebeu. Para sustentar seu argumento, lembrou, vejam só, de Pelé, seu alter ego, que, segundo ele, ouviu muitos xingamentos do tipo na carreira e não reagia porque se o fizesse pararia uma quantidade enorme de jogos. Então deveria tê-lo feito. Imaginem se nas décadas de 60 e 70, no seu auge, o maior dos jogadores se revoltasse ao ser chamado de “macaco ou crioulo” e forçasse a paralisação desses jogos? A repercussão, mesmo em tempos bem menos midiáticos, seria provavelmente ainda maior que a do goleiro. Caso se recusasse a jogar enquanto ofendessem sua dignidade, Pelé teria durante sua brilhante carreira erguido uma bandeira com ressonância talvez maior que o famoso clamor para que o país olhasse para as crianças pobres, feito após a marcação do milésimo gol, no Maracanã. Imagine o que não contribuiria para a causa do combate ao racismo uma postura dessas vindo de um jogador que todos queriam ver? Seria uma espécie de Martin Luther King de chuteiras ou um Mandela dos gramados.
Edson certamente não teve a intenção, mas acabou fazendo uma defesa da tolerância ao racismo nos estádios. Pediu que os atletas negros sejam cordeirinhos, meninos de engenho calados diante das línguas em forma de chibata dos ignóbeis que frequentam arquibancadas e estão por aí, nos recantos das cidades. Pelé fez gols de placa. Edson às vezes faz gols contra.

COPA CLÁUDIO K7

Olá, amigos leitores - botonistas ou não!
Será realizado, na Liga IV Centenário, no dia 22 de novembro de 2014, penúltimo sábado do mês, às 14 horas, a Copa Cláudio K7 de Futebol de Mesa. O torneio será realizado através de uma parceria entre o HFM, o seu padrinho, Cláudio Casseti e a Liga IV Centenário. Realizado para reunir botonistas de diversas localidades e, principalmente, de nosso bairro e adjacências. Premiação até o oitavo lugar. Troféu para os três primeiros e medalhas até o oitavo lugar. Caso surjam mais novidades, informaremos.
Quaisquer dúvidas, entrem em contato:
(21) 97230-1512 ou rlauria_1980@yahoo.com.br
Aguardem que virão mais. Informaremos.

IR E VER!

Faz uma década que um dos maiores jogos de futebol do mundo foi vetado para os torcedores do time visitante. Políticos, autoridades e dirigentes argentinos confessaram-se incompetentes para organizar o principal evento esportivo do país em 2004, quando Boca Juniors e River Plate se encontraram nas semifinais da Copa Libertadores da América. Em nome da segurança que são incapazes de oferecer, os responsáveis decidiram eliminar uma parte do espetáculo.
Naquele ano, nenhum torcedor do Boca Juniors pôde ver o gol de Tevez ou a defesa de Abbondanzieri nas cobranças de pênaltis no Monumental de Nuñez. E se viu, estava infiltrado entre “inimigos” e não pôde celebrar, o que obviamente corrompe a experiência de torcer. Não fosse a televisão, a comemoração que gerou a expulsão de Tevez por imitar o bater de asas de uma galinha (em alusão pejorativa à torcida do River) seria uma lenda alimentada por fotografias e pelas versões, nem sempre coincidentes, de quem estava no estádio.
Buenos Aires voltará a ver dois superclássicos nos próximos dias 20 e 27, pelas semifinais da Copa Sul-Americana, e a única afirmação que se pode fazer de antemão é que os jogos terão apenas público local. Não se pense, porém, que serão noites sonolentas para as forças de segurança. Efetivos de mais de dois mil policiais têm sido frequentes nos encontros entre Boca e River nos últimos anos, mostra do aparato que se tem de montar para garantir que tudo corra bem mesmo sem a presença de torcedores visitantes.
É animador saber que as finais da Copa do Brasil não seguirão o (mau) exemplo do futebol argentino, e, ao contrário do que temos acompanhado recentemente nos clássicos entre Cruzeiro e Atlético Mineiro, torcedores de ambos os times poderão ir ao Independência e ao Mineirão. Mesmo que a decisão tenha sido tomada em um ambiente de pouco entendimento entre os dirigentes dos clubes de Belo Horizonte, muito pior teria sido permitir que partidas históricas – provavelmente as maiores entre esses rivais, em todos os tempos – fossem realizadas com restrição de público. O futebol é um jogo entre dois times que só existem por causa das pessoas que os sustentam.
Acostumamo-nos no Brasil a clássicos disputados em estádios neutros e cargas de ingressos divididas. Uma configuração “democrática”, que já nos proporcionou ambientes espetaculares, mas que não se aplica a situações como a que discutimos aqui: jogos de ida e volta em estádios diferentes. É preciso respeitar os interesses esportivos e econômicos que fazem com que um clube queira jogar em sua casa, mesmo que isso signifique que menos pessoas terão acesso ao evento. É assim em todos os lugares onde o futebol é importante. O que não se pode aceitar é torcida única, um passo perigoso na direção do impensável: o futebol sem público.
É ótimo que atleticanos e cruzeirenses possam acompanhar seus times nos estádios rivais, um direito que torcedores do Boca Juniors e do River Plate perderam há dez anos.

GALO ÚNICO

Foi 2 a 0 Galo. E poderia ter sido maior o placar.
O Cruzeiro tentou se sentir em casa no Independência. Luan não deixou. Marcos Rocha cruzou com categoria e o atacante que corre, que joga e que marca abriu o placar. Impedido. Como também foi irregular o time que não teve Everton Ribeiro inspirado. Ricardo Goulart voltou a não aparecer. Willian se doou mais uma vez, como Marcelo Moreno, mas sem o aproveitamento usual – também pela ótima atuação de Leo Silva e do surpreendente Jemerson. Mayke também não apareceu no ataque com a mesma fluência, bem marcado que foi pelo cada vez melhor Carlos e pelo promissor Douglas Santos. O ótimo Carlos que é outro atacante que sabe jogar (e muito), e aprendeu rapidamente a não deixar jogar (e bastante).
Pela esquerda, Samudio não atacou como Egídio, e marcou ainda menos que o titular da esquerda do Cruzeiro. Diferentemente dos volantes Josué e Leandro Donizete, que não deixaram jogar o meio-campo celeste, e deram o suporte para Dátolo flutuar e, também, Marcos Rocha apoiar com consistência para passar a bola do primeiro gol como se fosse com as mãos. E, na segunda etapa, levantar a bola na área rival como se fosse com os pés na cobrança do lateral, para o segundo gol atleticano.
O letal arremesso lateral de Marcos Rocha chegou a Carlos, que deu o segundo gol a Dátolo, fazendo justiça à intensidade e qualidade do time do decisivo Tardelli, e, também, a uma partida pálida do Cruzeiro. Ainda reversível pela força celeste, um time que pode vencer qualquer rival no Brasil. Mas muito difícil de acontecer pelo que tem feito esse Galo doido. E são. Um time que pode se superar contra qualquer adversário.

ARBITRAGEM NO FUTEBOL DE MESA.

(por Adauto Sambaquy)
Jogar futebol de mesa é o que todo botonista deseja ardentemente. Agora, ser escalado para arbitrar uma partida é coisa para pensar. São poucos os que se dispõem a apitar um jogo, principalmente se esse jogo for daqueles encardidos, com dois expoentes lutando por um caneco.
Trato deste assunto depois de ler a crônica escrita pelo Flávio Liza, na qual aborda o conhecimento da Regra por todos os botonistas. Uma das contestações foi feita pelo Augusto, afirmando que nunca leu a regra, mas que seus jogos jamais são complicados e sempre há paz ao final de suas partidas.
Penso diferente dele, pois o posicionamento do árbitro em um jogo pode determinar um final feliz ou criar uma grande confusão que acaba envolvendo muita gente.
Apitei a final do segundo campeonato brasileiro, realizada em Recife, entre Roberto Dartanhã e Cézar Aureliano Zama. Uma partida excepcional, onde não havia senões e nem erros, pois foi decidida por uma infelicidade do Cezar Zama, numa jogada fácil, mas que por um problema qualquer o seu botão travou e não atingiu a bolinha. Dartanhã não perdoou e marcou o único gol do jogo.
Nesse mesmo campeonato tive contra mim uma falta técnica aplicada por um árbitro nordestino, simplesmente por ter errado uma jogada e ter reclamado de mim mesmo sem, contudo me dirigir ao meu adversário. Aquilo me incomodou bastante.
A minha parada com o futebol de mesa, já relatada em coluna anterior, foi devido a um jogo pelo Campeonato Brasileiro realizado em 1980, em Pelotas. Jogava contra um grande botonista baiano e estava vencendo por 1 x 0, quando o referido adversário começou a minar minha resistência. Criava a jogada e me preparava para bater, mandando-o colocar seu goleiro. Ele colocava, vinha para a minha direção e olhava meu botão, olhava seu goleiro, voltava para sua posição de defesa e tocava no goleiro novamente. Ia e voltava, fazendo isso diversas vezes. Dizia que estava pronto. Eu colocava a paleta em cima do botão para chutar e ele interrompia afirmando: espera que vou recolocar o goleiro. Fazia tudo novamente. Chegava a ficar mais de um minuto nessa lenga-lenga. Eu olhava para o árbitro que ria da coisa. Chegou um ponto que não aguentei mais e entreguei, literalmente, o jogo. Disse-lhe que estava agindo mal, mas ele estava imbuído em vencer. Conseguiu empatar. Eu acabei me desequilibrando e perdendo a calma. As coisas foram piorando e não dando certo e eu acabei fazendo uma porção de bobagens: dois toques, gol contra. Para mim terminou a minha participação de forma competitiva em campeonatos brasileiros, naquele jogo.
Após o ocorrido, eu parei de jogar campeonatos brasileiros. Organizei um em Brusque e depois disso nunca mais joguei. Essa parada durou quase trinta anos. E isso por falta de conhecimento por parte de um árbitro, que tinha a obrigação de alertar meu adversário sobre o tempo que poderia usar para sua jogada. Não o fez, talvez, por nunca ter lido a Regra Brasileira.
Voltei a jogar depois desse episódio, por insistência do pessoal de Caxias, no Centro Sul, realizado na cidade em 2011. Joguei três partidas, perdendo duas e vencendo uma. Depois disso fui inscrito no Brasileiro realizado em Salvador, em 2012, onde consegui jogar duas partidas e perdê-las, tendo entregado o terceiro jogo ao Carlos Alberto, de Recife, por não reunir mais condições físicas para continuar jogando.
Fui escalado para arbitrar um jogo pouco antes desta terceira partida numa sala com um calor tremendo. Avisei aos dois adversários da minha desatualização da regra e que eles me ajudassem. Graças a Deus não houve problema algum e conseguimos terminar o jogo com tranquilidade. Só que, para quem não está treinado, ficar ao redor de uma mesa, marcando o jogo, deixou-me sem condições para a última partida. Não teria chance nenhuma e procurei o Carlos Alberto e lhe comuniquei a minha decisão, pedindo que me desculpasse pelo abandono.
Realmente arbitrar jogos de futebol de mesa é bem mais desgastante do que jogar. E para que não exista problema, a regra deverá ser conhecida totalmente.
Por essa razão eu apoio o que o Flávio Liza escreveu. Deveremos conhecer a regra para podermos ter certeza de nossas decisões. Com isso, evitaríamos situações desagradáveis como as que ocorreram em campeonatos brasileiros e que, até os dias atuais, são motivo de piadas entre os botonistas.

RESGATE DE MINHA HISTÓRIA NO FUTEBOL DE MESA NO MEIO DA TURBULÊNCIA!

Olá, amigos leitores! Devido a um pequeno momento de turbulência e dificuldades, venho tentando reorganizar minha vida financeira sem me esquecer de meu esporte e hobby favorito.
Enquanto estou nessa fase turbulenta, venho escrevendo em meus arquivos pessoais histórias de meus jogos até 2001, antes de me federar e meus animados confrontos contra meus amigos que fiz ao longo desses 12 anos de "profissionalização". Venho resgatando esta minha história no futebol de mesa e escrevendo-a em meus arquivos pessoais para que se tenha registrado para meu filho e as próximas gerações sobre o que vivenciei no futebol de mesa e o que o esporte nos beneficia. Óbvio que escreverei tudo aqui no blog, mas enquanto isso continuarei arquivando em meus cadernos.
Há muitas histórias boas que já escrevi e ainda têm muitas para contar, além de quase todos os meu jogos anotados. Confesso que os arquivos de jogos não estão 100%, pois perdi algumas anotações antigas e não tenho alguns jogos anotados. De 2002 até hoje as anotações estão completas e estão arquivadas também em arquivo de computador, mas somente na modalidade Dadinho, que é a principal modalidade que eu jogo. Farei o mesmo com os outros arquivos, para que não se perca e tenha a minha parte da história do futebol de mesa contada para as minhas gerações seguintes.
Em breve escreverei todas as histórias de meus arquivos aqui no blog, mesmo que eu tenha que contar com nomes fictícios, pois há muitas histórias bombásticas e reveladoras e não podemos expor nossos colegas! Espero que sirva de incentivo para outras pessoas também contar suas histórias, mesmo que seja em outras modalidades. Digo isso porque a minha inspiração para escrever este blog e fazer meus arquivos pessoais, foi Adauto Sambaquy através de seu blog.
Então, amigos, vamos aproveitar o incentivo e cada um escreva a sua história sobre o futebol de mesa. Só assim para deixarmos acesa essa chama que já passa dos 100 anos! Uma excelente herança de um jogo muitíssimo parecido com o nosso futebol de campo. Passos foram dados e cada um deve fazer a sua parte! Vamos lá!

PARCERIA FIRME E FORTE

Dois anos de conversas. Seis meses de patrocínio. Tentativas de torneios patrocinado. Reuniões rapidinhas, com cafezinho. Reuniões marcadas, desmarcadas e remarcadas. Dificuldades.
Tudo isso marcou o fechamento da parceria com o nosso amigo e padrinho Cláudio Casseti, junto com a Gabisa. Parceria que trará muitos frutos para todos.
Prova de que a parceria dará certo foram os seis meses de patrocínio, no ano de 2013. Seis meses de patrocínio, pagando a federação, que quase valeram pelo ano inteiro. Pois consegui me dedicar mais aos treinos, sem me preocupar com as mensalidades da federação, me concentrei mais e terminei na vigésima segunda colocação no ranking estadual.
Acredito que para 2015 a parceria consiga firmar patrocínios para as demais temporadas e buscaremos resultados melhores. Sem patrocínio, abri mão desta temporada, após disputar a primeira etapa do estadual e não ter ido bem. Antecipei os treinamentos intensos e a pré-temporada justamente para aparecerem, logo no início, os resultados esperados. Com esforço e ajuda, conseguimos um 'campo' novo e oficial,  pois o que temos para treinar é pequeno.
Teremos ainda muitas conversas para definirmos ainda bastante coisas, mas o que é certo é que fechamos quatro torneios anuais, que serão preparatórios para o HFM. Este ano já teremos dois torneios para iniciar oficialmente a parceria.
O certo é que a parceria foi firmada e bons frutos renderão, tudo para crescermos nosso bairro e o esporte mais charmoso do mundo. Será a maior parceria já vista no mundo do futebol de mesa. Aguardem e vejam.

ENTREVISTA: LÚCIO BRIANEZI PARA A REVISTA TRIVELA

A criança era a própria federação. Comprar um time era como ter um novo filiado à sua entidade, o que lhe permitiria incrementar ainda mais as competições e torná-las mais charmosas. E tudo isso “de verdade”, sem uso de realidade virtual para potencializar a imaginação.
Durante a semana, cada um fazia seu campeonato interno, mas era possível, nos fins-de-semana, juntar a garotada para, cada um com seu melhor time, organizar uma espécie de Liga dos Campeões. Jogar futebol de botão era como levar o mundo do futebol para a casa de cada um.
Nesse universo, um dos destaques para os “mortais” que não tinham condições de comprar botões profissionais eram os times da Brianezi. Feitos em acetato – depois, em celulóide –, eram mais macios de se jogar que os demais, permitindo maior controle do botão a cada palhetada. Além disso, o botão era lixado à mão para ter altura variável de acordo com a função tática que o jogador tinha na equipe (zagueiros mais altos, atacantes mais baixos). Vencer ou perder dependia da habilidade do botonista, mas ter um time melhor era como contar com um Roman Abramovich para contratar reforços que os adversários não teriam.
Nos últimos anos, a Brianezi entrou em crise, como o jogo de botão em si, e acabou encerrando a produção de times. Hoje, os botões da empresa são vendidos como relíquias, a preços muito acima do que eram encontrados nas décadas de 1980 e 1990 em lojas de esportes. Para contar um pouco da história da fábrica que se tornou referência em futebol de botão para uma geração, o Balípodo entrevistou Lúcio Brianezi, diretor da empresa e filho de Paulo Brianezi, criador da marca.
O empresário, que hoje trabalha no setor de cosméticos, não esconde sua tristeza ao comentar o processo que levou a Brianezi a encerrar a produção dos times de botão. “Depois de tanta briga, fiquei até um pouco desgostoso com essa história de futebol de botão. Até tem uma mesa na garagem da minha casa, mas está lá parada há anos”, conta. Um cenário muito diferente de sua juventude, quando formou, ao lado do pai, um clube apenas para jogar botão com amigos.
Para Brianezi, os motivos que levaram à decadência do futebol de botão são bem fáceis de identificar. A concorrência com brinquedos eletrônicos – notadamente videogames – teria tirado o interesse das novas gerações e interromperam a passagem dessa cultura de pai para filho. Além disso, as brigas entre clubes e fabricantes de botão teriam tornado a produção de times de botão pouco atraentes, pois tornou-se uma medida de risco.

Veja abaixo os principais trechos dessa entrevista, concedida para a elaboração de uma reportagem sobre futebol de botão para a edição de maio da revista Trivela.

RT: Como começou o envolvimento da família Brianezi com o futebol de botão?
LB: A fábrica foi fundada pelo meu pai. Ele tinha uma loja e, como gostava muito de botão, começou a fazer os times nos fundos do estabelecimento para vender. Isso foi nos anos 1960. Em 1973, ele registrou a fábrica de botões e a tocou até morrer, em 1978. Depois, eu assumi o negócio até hoje.

RT: A empresa não fechou?
LB: Tecnicamente, não, mas a produção está parada desde dezembro de 2001. Eu ainda não dei baixa dela na prefeitura e, oficialmente, ela ainda existe. Até tenho o maquinário em um galpão e poderia voltar a fazê-los se fosse o caso.

RT: O que aconteceu?
LB: A partir da década passada, houve uma pressão muito grande de vários escritórios de advocacia, que falavam com os clubes e queriam impedir que fizéssemos os botões. Diziam que era pirataria, coisa e tal. Eu não era contra conversar com eles para a gente regularizar tudo, porque nunca quis fazer nada ilegalmente. O problema é que os escritórios exigiam um valor irreal. Acho que nem os clubes sabiam que pediam tanto em nome deles. Para se ter uma idéia, o direito de produzir times apenas dos cinco grandes de São Paulo era um valor maior que o faturamento da empresa. Assim, fiz um acordo com eles e parei de fazer os times brasileiros.

RT: Outras empresas tiveram o mesmo problema?
LB: Só as maiores conseguiam pagar. Mas eles tinham uma produção muito maior e não viviam só de botão, lançavam outras coisas com o distintivos dos clubes e pagavam o pacote. Assim, podiam diluir o custo dos royalties em outros produtos ligados a futebol.

RT: De que modo a interrupção da fabricação de clubes brasileiros atrapalhou esse mercado?
LB: Foi algo muito forte, porque os times nacionais é que mexiam com a paixão do torcedor. Os botões que mais vendiam sempre eram os dos grandes clubes e o da Seleção. Sem fazer esses times, ficou muito mais difícil.

RT: Seria possível manter esse mercado vivo se os clubes incentivassem, entrando em contato com as fábricas e lançando botões oficias de cada um?
LB: Claro. Eu nunca considerei fazer botão pirataria porque não concorria com nenhum artigo oficial licenciado pelo clube. Para mim, eu via como uma promoção do clube. Mas, se eles queriam licenciar, tudo bem, eu topava. Se fosse para lançar uma linha de “times oficias do clube”, eu também aceitaria conversar, desde que as condições fossem viáveis. Isso chegou a ocorrer uma vez com a gente e o Palmeiras.

RT: Como foi isso?
LB: Apareceu um advogado na fábrica com um mandato de busca e apreensão, querendo ver se estávamos fazendo botões do Palmeiras. Ele não achou nada e acabou me chamando para negociar, propondo um acordo. Descobri que um dos sócios desse escritório era diretor do Palmeiras aficionado por futebol de botão. Ele propôs que a gente voltasse a produzir os botões do Palmeiras e, em troca, o clube levaria 7% do faturamento com a venda desses times. Aceitei e fizemos um negócio bem legal, com o botão imitando a camisa de jogo do Palmeiras, até com nome do patrocinador da época e tudo. Ficamos um ano assim, mas acabamos parando a produção assim mesmo.

RT: Por quê?
LB: Porque a gente tinha os botões do Palmeiras, mas não tínhamos dos outros clubes. O garoto palmeirense compra o botão do Palmeiras, mas ele quer o do Corinthians ou do São Paulo para jogar contra. Além disso, a tecnologia já estava bastante avançada e a garotada já estava com mania de brinquedos eletrônicos. Jogar futebol de botão sempre foi uma coisa que passou de geração para geração. A entrada dos videogames interrompeu esse processo.

RT: Além de produzir, seu pai também lhe ensinou a jogar?
LB: Ah, eu sempre joguei. Minha vida toda. Quando meu pai era vivo, ele até criou o Grêmio Recreativo Brianezi, um clube para as pessoas jogarem. Os sócios tinham de pagar uma mensalidade, que era doada para a AACD, para fazer com que ninguém faltasse aos encontros. Era algo que a gente levava a sério.

RT: Você ainda joga?
LB: Não jogo desde que a fábrica parou a produção, em dezembro de 2001. Depois de tanta briga, tanto advogado nos ameaçando, fiquei chateado e até um pouco desgostoso com essa história de futebol de botão. Até há uma mesa na garagem da minha casa, mas está lá parada há anos.

RT: Seus filhos ao menos jogam?
LB: Aí é que está. Só tive duas meninas. Até joguei um pouco com elas, mas é claro que elas preferiam brincar de outras coisas.

RT: A impressão geral entre botonistas é que há cada vez menos praticantes desse jogo. Você também percebe isso?
LB: Eu me afastei bastante desse mundo e até estou desatualizado em relação à qualidade dos times de hoje. Mas eu percebo que não se encontram mais botões com facilidade. Eles sempre foram vendidos em lojas de esportes, mas elas também ficaram com medo por causa das apreensões e multas por venderem produtos considerados piratas. Assim, ou deixaram de vender, ou deixam escondido na loja.

RT: De que forma você, como botonista e ex-fabricante de botões, vê esse processo?
LB: Ah, é um pouco triste, porque é uma coisa que está muito ligada à minha família. Hoje, só umas poucas pessoas jogam, aqueles que são fanáticos mesmo. O pessoal não percebe que futebol de botão é algo saudável, que jogar uma partida serve como higiene mental, que pode virar lazer para colecionador, porque é possível colecionar times ou tipos de botão diferentes.

RT: Você ainda tem algum time da Brianezi com você?
LB: Não tenho nenhum, acredita? Até sei que, hoje, virou relíquia, e que as pessoas vendem pela internet por preços bem altos, mas não tenho nenhum.

HISTÓRIA DO FC PORTO

A 28 de setembro de 1893 no dia do aniversário do rei D. Carlos e da rainha D. Amélia, o Foot-Ball Club do Porto é fundado, por obra e graça do jovem de 20 anos António Nicolau d'Almeida, um comerciante do vinho do Porto que descobriu o futebol nas suas viagens a Inglaterra. O FC Porto inicia então os seus primeiros treinos no Campo do Prado, em Matosinhos, e no dia 8 de outubro disputa o primeiro jogo da história do clube, contra o Clube de Aveiro.
A 25 de outubro de 1893, Nicolau d'Almeida convida o Club Lisbonense para uma partida de futebol, que decorreria no dia 2 de novembro. O Diário Ilustrado é novamente quem noticia o convite, e até a resposta do Club Lisbonense. Porém, Guilherme Pinto Basto, o então presidente do Club Lisbonense, aceitou o convite mas não no dia previsto. A data escolhida é o dia 2 de março do ano seguinte e para além disso, Pinto Basto consegue convencer D. Carlos a patrocinar o jogo, no qual ofereceu também uma taça. O nome escolhido foi Taça D. Carlos I, ou ainda Cup d'El Rey. Jogado no Campo Alegre, no Porto, também chamado Campo dos Ingleses, casa do Oporto Cricket and Lawn-Tennis Club, o jogo acaba com uma derrota do FC Porto, por 1–0.
Em 1896, António Nicolau d'Almeida casa-se com Hilda Rumsey, e esta pede-lhe para se afastar do futebol, que considerava uma modalidade demasiado violenta. António aceita o seu pedido e afasta-se do clube que entrou num período de letargia. Doze anos depois, em 1906, José Monteiro da Costa regressou de Inglaterra, fascinado pelo mesmo desporto que encantara o seu amigo há mais de uma década e resolveu criar uma equipa de futebol, sob o nome "Grupo do Destino".
Entretanto, José conversou com Nicolau d'Almeida sobre o projeto que iniciara em 1893. José não hesita e extingue o Destino, refundando assim o FC Porto e instalando a primeira sede do clube nas instalações do recém-extinto Destino. A nova fundação ocorre no dia 2 de agosto de 1906, assumindo desde logo uma faceta de clube eclético, no qual se começaram a praticar também diversas outras modalidades. José decidiu o azul e branco como as cores do clube e manteve o nome do mesmo. Para além disso, foi desenhado o primeiro emblema do clube, que consistia numa bola de metal azul com as iniciais "FCP". Entretanto, é alugado à Companhia Hortícola Portuense o primeiro campo do clube, o Campo da Rainha, que fora simultaneamente o primeiro relvado de Portuga
Pré-Pinto da Costa
O Campo da Rainha começou a ficar pequeno para tanta assistência, por isso em julho de 1912 o FC Porto muda-se para o Campo da Constituição. Para comemorar a nova casa, a equipa inglesa Oporto Cricket Lawn-Tennis Club organizou um jogo, do qual saíram vencedores por 5–2.10 Em agosto de 1912, juntamente com o Leixões, o FC Porto cria a Associação de Futebol do Porto, participando assim no Campeonato do Porto, na qual viria a ganhar 30 edições, 21 delas consecutivas, entre 1915 e 1947.
A outra modalidade do clube, pesos e halteres, destacar-se-ia na época de 1915–16, com o duplocampeonato nacional alcançado por Carlos Oliveira. A época posterior a essa foi também de grande interesse, devido à inauguração do campo de ténis, substituindo o rinque de patinagem, que serviu para mostrar os troféus e taças conquistados pelo clube. Na temporada 1920–21, o clube tenta a compra do Campo Nova Sintra, mas desiste da ideia devido ao alto valor do terreno, que custaria 800 contos, continuando o Campo da Constituição como casa do clube.
Em junho de 1922, arranca a primeira edição do Campeonato de Portugal, prova criada pela União Portuguesa de Futebol, antecessora da Federação Portuguesa de Futebol, com o objetivo de juntar os campeões regionais de Lisboa e Porto. É o FC Porto quem leva a melhor, ganhando ao Sporting por 3–1, na finalíssima. Nesse mesmo ano, o futebolista "Simplício", que fora também artista gráfico, conjugou o antigo símbolo do FC Porto com as armas da cidade do Porto, dando origem ao atual emblema do clube. Dois anos depois, na primeira prova de sempre nas piscinas do FC Porto, Luíz Canto Moniz ganha os 200 metros livres do campeonato nacional, iniciando no mesmo ano a prática do hóquei em patins.16 Dias depois da derrota do FC Porto contra o Deportivo por 7–3, a 15 de julho de 1925, Velez Carneiro, então jogador portista, é assassinado com quatro tiros pelo escriturário Carmindo Duarte, e a sua homenagem foi feita por Coelho da Costa, jogador que marcou o golo que valeu o título de campeão nacional de futebol.
A 1926, inicia-se o basquetebol, por iniciativa de três jogadoresde outubro de 1929.
O FC Porto conseguia tanto público que o Campo da Constituição começou a ficar pequeno. Por isso em 1933, foi proposta em Assembleia Geral a aquisição de terrenos para a construção de um novo estádio, o Estádio das Antas. Enquanto não estava disponível, o clube jogava de vez em quando em outros campos emprestados, como o Campo do Amealou o Estádio do Lima.
No ano da primeira edição da Primeira Divisão, em 1934–35, o FC Porto vence a mesma, com dois pontos de avanço sobre o segundo classificado, o Sporting, e graças ao húngaroJoseph Szabo.20 O FC Porto volta a ser campeão nacional apenas quatro anos depois, em 1938–39, no mesmo ano em que o Campo da Constituição aumenta a lotação para 20 mil lugares.
Foi por pouco que o FC Porto não garantiu a descida à Segunda Divisão na temporada seguinte, pois a equipa futebolística acabou o Campeonato Regional na terceira posição nesse mesmo ano, lugar que não dava acesso à Primeira Divisão. Mas devido ao alargamento de clubes do principal escalão, o clube manteve-se na mais alta competição de futebol, e curiosamente foi bicampeão pela primeira vez na sua história.
A pior época de futebol até esta altura ocorreu em 1942–43, quando o clube conseguiu um sétimo lugar no campeonato. Os 12–2 sofridos pelo Benfica para o campeonato em 7 de fevereiro de 1943, e a eliminação na Taça de Portugal, sucessora do Campeonato de Portugal, pelo Vitória de Setúbal por 7–0, reforçaram ainda mais a fraca época dirigida pelo técnico húngaro Lipo Herczka. Contudo, o clube é hexacampeão nacional de andebol na temporada seguinte, e o número de sócios dos dragões aumenta, passando dos 1800 sócios para 4 mil.
Em 1948, Fernando Moreira vence a 13ª edição da Volta a Portugal em bicicleta e em 1952 o clube vence pela primeira vez o campeonato de basquetebol.
Ainda no mesmo ano, o FC Porto venceu o poderoso Arsenal num amigável, considerado a melhor equipa do mundo na altura, por 3–2. Para compensar o feito, um grupo de seis sócios lançou uma campanha para a compra de uma taça. A "Taça Arsenal", a maior taça do mundo, custou duzentos contos e pesa cerca de duzentos e cinquenta quilos, repartidos 130 quilos de prata, os restantes num relicário com 2,80 metros de altura.
Depois das obras terem começado em inícios de 1951, o "Estádio do Futebol Clube do Porto" é inaugurado em 28 de maio de 1952, mas ficou para a história como Estádio das Antas. Na inauguração, os dragões perdem por uns incríveis 8–2 contra o convidado Benfica. Apesar de tudo, o clube chega à sua primeira final da Taça de Portugal na época seguinte, mas é novamente vencido pelo mesmo Benfica por 5–0. Estes episódios dramáticos chegaram ao fim em 1955–56, quando o clube portuense venceu a primeira dobradinha de futebol da sua história, ganhando ao Torreense na final da Taça por 2–0, e terminando em igualdade pontual com o Benfica no campeonato, que só deu o título de campeão por ter perdido 3–0 nas Antas e empatado em casa 1–1. Com efeito, o clube participa pela primeira vez em competições europeias na época seguinte, mas o sonho de seguir longe terminou rapidamente após a derrota contra o Atlético de Bilbao na 1ª eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Nas épocas posteriores, entraram para o palmarés do clube duas Taças de Portugal de futebol, em 1958 e em 1968, um campeonato da mesma modalidade em 1959, quatro títulos consecutivos de Volta a Portugal em bicicleta em 1963 e o primeiro título de campeão nacional de voleibol em 1965. No futebol, o cenário inverteu-se quando o FC Porto termina a liga em nono lugar em 1969–70, pior da história, e é eliminado tanto na Taça de Portugal, como na Taça das Cidades com Feiras. O número de sócios aumenta para cerca de 41 mil em 1971, e no bilhar o clube obtém o terceiro lugar no campeonato europeu em 1972, melhor classificação da história por um equipa portuguesa.

Entretanto, Pavão, antigo futebolista do clube, havia falecido no dia 16 de dezembro de 1973 devido a um ataque cardíaco, durante um jogo em casa para o campeonato. Em 1977, o regresso de José Maria Pedroto, que fora jogador do clube por largas épocas, e a entrada de Jorge Nuno Pinto da Costa para diretor do departamento de futebol acaba com o jejum de títulos no futebol, com a conquista da Taça de Portugal frente ao Braga, e a promessa de uma estrutura mais forte no clube. 19 anos depois, os dragões voltam a conquistar o campeonato nacional de futebol em 1978, mas perdem na final na Taça de Portugal frente ao Sporting, na finalíssima. Na época seguinte, mais uma vez campeão nacional de futebol, e vários títulos nas modalidades, nomeadamente a Taça de Portugal em basquetebol, campeonato nacional de ciclismo em equipas, Taça de Portugal de andebol e campeonato nacional de corta-mato, graças a Aurora Cunha.
Entrada de Pinto da Costa
A 17 de abril de 1982, Jorge Nuno Pinto da Costa é eleito presidente do FC Porto, começando o clube a ganhar terreno ao longo dos anos sobre os rivais de Lisboa em qualquer modalidade. A conquista da Taça das Taças em hóquei em patins na mesma época, frente ao Sporting, e a reconquista na época seguinte, frente ao Benfica, foi prova disso mesmo.
Na última época de Pedroto, em 1983–84, o clube acaba a temporada com a Taça de Portugal no museu, ganha ao Rio Ave por 4–1, e a Supertaça, ganha ao Benfica na segunda mão. Para além disso, o FC Porto chegou à primeira final europeia, a Taça das Taças, perdido para a Juventus por 2–1, com uma arbitragem tendenciosa para o lado dos italianos. Na época seguinte, o clube é campeão graças ao treinador Artur Jorge e vence também a supertaça. Na mesma época e agora no atletismo, Aurora Cunha batera dois recordes nacionais e sagrara-se campeã mundial dos 10 km de estrada. A equipa de hóquei em patins vence novamente uma competição internacional em 1985–86, a Liga Europeia, numa época em que o FC Porto volta a ser campeão nacional em futebol, e Aurora Cunha volta a vencer o Campeonato Mundial dos 15 e dos 10 quilómetros. Entretanto, a 9 de dezembro de 1986, é criada a secção de Desporto Adaptado do clube.
A 27 de maio de 1987, na época de 1986–87, o clube ganha com brilho o favorito Bayern de Munique por 2–1 para vencer o seu primeiro troféu internacional de sempre no futebol, a Taça dos Clubes Campeões Europeus. Conquistada no Estádio Prater, em Viena, a equipa portuguesa esteve a perder até aos 78 minutos por 1–0, minuto em que Rabah Madjerse inspira, marca o famoso golo de calcanhar e empata a partida. Poucos minutos a seguir, Juary marca o golo da vitória do primeiro título europeu do palmarés do clube, no futebol. O FC Porto foi ainda campeão da Supertaça, ganha novamente ao Benfica.
Com a saída de Artur Jorge na época seguinte, Tomislav Ivic assumiu o cargo, e venceu mais quatro títulos. Entre eles, a primeira Taça Intercontinental do clube e de Portugal, ganha na neve ao Peñarol, e a primeira Supertaça Europeia do clube e novamente de Portugal, ganha ao Ajax. O FC Porto foi ainda campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal. Mais tarde, em 1989–90, a equipa de hóquei em patins volta a vencer a Liga Europeia, e quatro anos depois conquista pela primeira vez a Taça CERS, o que voltaria a acontecer em 1996. Foi na mesma época que o FC Porto gelou o Estádio da Luz na supertaça de futebol, com a goleada de 5–0 ao seu maior rival, a sua maior vitória na casa do Benfica, num ano em que não evitou o tricampeonato. Em 1998–99, o clube vence o campeonato nacional da mesma modalidade, o quinto consecutivo, feito inédito e ultrapassado pelo Sporting que detinha o recorde de quatro campeonatos seguidos, alcançado nos anos 50. A supertaça não escapou e é vencida ao Braga.
Equipa que derrotou o Mónaco na final por 3–0.

Este novo século começou com um segundo lugar no campeonato de futebol, liderado por Fernando Santos, despedido nessa época após a falha do objetivo principal dois anos consecutivos. Contudo, o FC Porto não deixou de vencer títulos e conquistou a Taça de Portugal frente ao Marítimo. Na época seguinte, valeu a Octávio Machado e a José Mourinho um terceiro lugar no campeonato. No entanto, a supertaça entrou novamente no palmarés portista, conquistada frente ao Boavista.
A 16 de novembro de 2003, o Estádio do Dragão, com capacidade para cerca de 50 mil espetadores, fora inaugurado, mas só começou a ser jogado devido a problemas relacionados com a relva. A inauguração ficou marcada pela estreia de Lionel Messi noBarcelona, clube convidado para a inauguração e derrotado por 2–0. Já no ano anterior, havia sido inaugurado outro complexo a 5 de agosto de 2002, o Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, destinado para os treinos da equipa e construído em Vila Nova de Gaia.
A época de glória chegou na segunda época de José Mourinho, com a conquista da primeira Taça UEFA do clube, eliminando pelo caminho a Lazio, o Panathinaikos, e finalmente o Celtic na final por 3–2, já no prolongamento. Para além disto, Mourinho ganhou a Taça de Portugal e o campeonato. Mourinho atingiu apenas o apogeu da sua carreira no clube no ano seguinte, quando o FC Porto venceu o Mónaco na final da Liga dos Campeões por 3–0. Manchester United e Deportivo La Coruña foram um dos adversários eliminados pela equipa novamente campeã nacional e vencedora da supertaça. Já no mesmo ano, o FC Porto derrotaria o Once Caldas nos pênaltis na Taça Toyota, a última disputada. Mourinho haveria saído no fim da última época, mas nem isso travou o FC Porto de vencer quatro títulos em 2004. Depois, veio o escândalo de corrupção Apito Dourado.
Em 2008–09, o FC Porto sagrou-se tetracampeão nacional de futebol e campeão da Taça de Portugal, por obra e graça de Jesualdo Ferreira. Os dragões atingiram ainda os quartos-de-final da Liga dos Campeões, mas foram eliminados graças a um golo de Cristiano Ronaldo na segunda mão que valeu a passagem do Manchester United à fase seguinte, depois de um 2–2 em casa dos "reds". Entretanto, no dia 23 de abril de 2009, o Dragão Caixa é inaugurado, pavilhão destinado para as modalidades do clube. Após um terceiro lugar no campeonato em 2009–10.
André Villas-Boas entra no comando técnico e vence brilhantemente quatro títulos em 2010–11. Um deles internacional, a nova Liga Europa, vencida ao Braga por 1–0, com um golo do melhor marcador da competição Radamel Falcao, naquela que foi a primeira final entre clubes portugueses numa prova europeia.60 Para além do campeonato, Taça de Portugal e da supertaça, o FC Porto ainda estabeleceu diversos recordes, entre eles a equipa portuguesa com mais títulos no futebol, ultrapassada ao Benfica que tinha na altura 68. Os juniores de futebol conquistaram pela primeira vez um título oficial de dimensão internacional para os escalões de formação do clube: o Blue Stars/FIFA Youth Cup.
Em 2012–13, o FC Porto, sob o comando de Vítor Pereira, foi mais uma vez campeão invicto, com seis empates em trinta jogos, sucedendo a Vilas-Boas que tinha sido também campeão sem derrotas dois anos atrás. Ainda no mesmo ano de 2013, é inaugurado o Museu do FC Porto by BMG.
Fotografia recente do Campo da Constituição.

O primeiro campo utilizado pelo FC Porto para a modalidade do futebol foi o Campo do Padro, em Matosinhos, onde iniciou os seus primeiros treinos no inicío de outubro de 1893. Mais tarde em 1906, é alugado à Companhia Hortícola Portuense o Campo da Rainha, que fora entretanto um terreno não cultivado. Era um pequeno campo de trinta por cinquenta metros, o primeiro relvado de Portugal. No mesmo ano foram transferidos os viveiros de plantas para outro local, permitindo ao clube criar um campo com as medidas oficiais, rodeado de bancos para 600 pessoas e ainda uma pista de atletismo, balneários e um bar. O aluguer anual era de 1$20.
Para além de tanta assistência que a equipa trazia ao recinto, no final de 1911, o FC Porto foi informado da gradual desocupação do Campo da Rainha para a construção de uma fábrica, que iria ser construído no relvado. Portanto em julho de 1912, uma assembleia geral aprova um novo terreno, o Campo da Constituição, na Rua da Constituição, alugado por 350 escudos anuais e também subalugado por outras três equipas. Para comemorar a nova casa, os ingleses do Oporto Cricket Lawn-Tennis Club organizaram uma partida, do qual saíram vencedores por 5–2.
Mais tarde, para mostrar as taças conquistadas do clube, o FC Porto inaugura o campo de ténis em 1917, substituindo assim o antigo rinque de patinagem. Em 1920, o clube adquire o Campo da Constituição, na sequência do arrendamento por dez anos (400 escudos nos primeiros cinco anos e 450 nos restantes cinco). A comemoração foi feita através de um torneio amigável triangular, do qual saiu vencedor. Na temporada 1920–21, o clube tenta a compra do Campo Nova Sintra, mas desiste da ideia devido ao alto valor do terreno, continuando o Campo da Constituição como casa do clube. Na época 1928–29 é renovado o contrato de arrendamento do Campo da Constituição, com uma renda anual de 12 mil escudos, pagos em duas prestações de 6 mil escudos. Em 1938–39, o campo aumenta a lotação para 20 mil pessoas, o que implicou num aumento das receitas de bilheteira. O atual campo começou a ficar pequeno, por isso em 1933 foi proposta numa assembleia geral a aquisição de novos terrenos para um novo estádio, o Estádio das Antas. Enquanto a nova casa não estava disponível, o FC Porto jogava de vez em quando noutros campos emprestados, como o Estádio do Lima ou o Campo do Ameal.
Vista exterior do atual estádio do Porto.
A primeira pedra foi lançada a dezembro de 1949, mas a obra só começou um mês depois. José Bacelar, sócio número um do clube, pagou o salário do primeiro dia de trabalho a todos os operários. A inauguração acontece finalmente no dia 28 de maio de 1952, oficialmente denominado como "Estádio do Futebol Clube do Porto", onde esteve presente o general Craveiro Lopes, então presidente da República Portuguesa. O Benfica foi a equipa convidada para a inauguração, e com toda a frieza, o clube de Lisboa goleou o FC Porto por 8–2. Em 1962–63 é inaugurada o sistema elétrico das Antas.

Ao longo do século o recinto foi ficando maior, devido à inclusão do Pavilhão Américo de Sá, para as modalidade de basquetebol, andebol e hóquei em patins, da piscina coberta, três campos relvados de treino, a Loja Azul, o Bingo, a Sala-Museu e a Torre das Antas. Além disso, sofreu um rebaixamento que permitiu aumentar a lotação para noventa mil lugares em 1986, o que levou a ser um dos estádios eleitos para o Mundial de juniores de 1991. Mas ainda antes, em 1973, o recinto foi palco de um triste falecimento de um jogador portista, Pavão, caído no relvado num jogo do campeonato devido a um ataque cardíaco.
A 9 de março de 1994, o estádio foi incrivelmente penhorado pelo ministro das finanças, Eduardo Catroga, devido a uma dívida fiscal de cerca de 200 mil contos. O estádio começou por ser demolido em 1 de abril de 2004 e acabou em 28 de junho de 2004, sendo substituído pelo atual Estádio do Dragão.
Inaugurado no dia 16 de novembro de 2003, o atual estádio do clube só começou a ser jogado em 2004 devido a problemas relacionados com a relva. A construção do estádio custou 98 milhões de euros, e tem uma capacidade para 50 mil espetadores. O amigável da inauguração resultou numa vitória de 2–0 contra o Barcelona, onde também se estreou Lionel Messi, então com dezesseis anos. O estádio também foi utilizado para o Euro 2004 e recebeu o jogo de abertura do Euro, em que Portugal perdeu 2–1 com a Grécia. O Dragão tem recebido entretanto várias distinções, entre elas a certificação GreenLight, entregue em 2004 pela Comissão Europeia e a certificação "Sistema de Gestão Ambiental", entregue em 2007 pela Associação Portuguesa de Certificação. As instalações do recinto também mereceram o certificado de "Sistema de Gestão de Qualidade".
Outros Recintos e Infraestruturas
O FC Porto, para além destes recintos, possui também o Dragão Caixa, o pavilhão para as modalidades do clube inaugurado no dia 23 de abril de 2009 com uma capacidade para dois mil espetadores e um campo de treinos para a modalidade de futebol, de nome Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, inaugurado em 5 de agosto de 2002 em Vila Nova de Gaia.
A 28 de setembro de 2013, é inaugurado o Museu do FC Porto by BMG, porém o museu só abriu oficialmente ao público no dia 26 de outubro do mesmo ano.
Rivalidade com Benfica
A rivalidade entre Lisboa e Porto já se fazia sentir antes das existências destes dois clubes.75 O FC Porto começou a sua história no topo, conseguindo uma vitória de 8–0 em 1933 para o Campeonato de Portugal, a maior que conseguiu até hoje. Porém, esta partida foi fruto de muitos protestos por parte do Benfica, pois o clube não tinha sido informado sobre a alteração da hora do jogo. No final do jogo, dois jogadores do Benfica agrediram o dirigente da Federação Portuguesa de Futebol, e ambos foram suspensos. A seguir à segunda mão, os dois clubes cortaram relações, até 1935, quando os dois clubes voltaram a entrar em paz com um amigável. O cenário do FC Porto enquanto melhor equipa portuguesa rapidamente se inverteu, cabendo às águias o estatuto de "maior clube de Portugal". Em 1943, o FC Porto é derrotado por 12–2 no campeonato, naquele que foi a maior derrota de sempre contra as águias. Foram tempos negros para o clube azul e branco, mas a amizade entre os dois ia-se aprofundando mais. Um exemplo foi o convite ao Benfica para a inauguração do Estádio das Antas em 1952, e dois anos depois a inversão dos papéis. Mas a pacífica relação não se ficou por aí, quando o FC Porto admitiu o Benfica como Membro Honorário do clube, após a aceitação do convite. O FC Porto também foi eleito Membro Honorário do Benfica a 11 de março de 1955, pela mesma razão. O Benfica dominava o futebol nacional, e começou a ser reconhecido internacionalmente com a conquista das duas Taça dos Clubes Campeões Europeus, e a presença em várias finais da mesma competição. Com a chegada de Jorge Nuno Pinto da Costa e de José Maria Pedroto ao clube portuense, a história inverteu-se e a rivalidade foi ficando mais forte com as conquistas do FC Porto, tanto nacionalmente como internacionalmente. Em 1986–87, quando o clube portuense estava prestes a contratar Ademir, do Vitória de Guimarães, o Benfica desviou o jogador para a Luz. Com efeito, no ano seguinte o FC Porto contratou dois jogadores ao Benfica, e por consequência os dois clubes cortaram relações institucionais. "O Clássico" tornara-se a maior rivalidade de Portugal até aos dias de hoje.

O FC Porto venceu 89 jogos, empataram 56 e o Benfica venceu 85, em competições oficiais. O portista que mais jogos fez contra o Benfica foi João Pinto, com 51 partidas disputadas. Os três atletas com mais golos frente ao rival foram Fernando Gomes, Pinga e Monteiro da Costa, cada um com dez golos marcados. Na época 2013/2014 fui umas das piores para o Porto a nivel de clássicos, perdeu 3 vezes com o Benfica, a 1ª vez a 12 de Janeiro de 2014 no Estádio da Luz por 2 vs 0 , a 2ª vez por 3 vs 1 a 16 de Abril de 2014 para a Taça de Portugal ( Recuperando de uma desvantagem de 1 vs 0 ) e a 3ª vez no Estádio do Dragão por 4 vs 3 nas grandes penalidades.
Rivalidade com o Sporting
A rivalidade entre leões e dragões começou na finalíssima do Campeonato de Portugal, em que o FC Porto venceu o Sporting por 3–1, dando assim o título ao clube azul e branco. A partir daí, os leões cortaram relações com os portistas, mas em janeiro de 1924, dirigentes de ambos os clubes selaram a paz, com a disputa da Taça Soares Júnior. No fim, ganhou o Sporting por 2–1, onde, ainda antes do jogo, presidentes dos dois clubes trocaram ramos de flor. Em 1936, o FC Porto vence por 10–1, naquele que foi a maior vitória sobre o Sporting. No ano seguinte, o Sporting devolveu a proeza e bateu o FC Porto por 9–1, tornando-se na maior derrota de sempre contra os leões. A era dourada para o Sporting começou a partir dos anos 40, superiorizando-se ao FC Porto por muitos anos. Jorge Nuno Pinto da Costa tornara-se no novo presidente do FC Porto em 1982, e os papéis inverteram-se, enriquecendo o palmarés do FC Porto com títulos nacionais e internacionais. O FC Porto é agora favorito sempre que defronta o Sporting em casa. A 5 de junho de 2013, o Sporting informou que iria cortar novamente relações institucionais com o clube.
O FC Porto venceu 79 jogos, empataram 62 e o Sporting venceu 77 em competições oficiais. O futebolista com mais jogos disputados frente ao Sporting foi Virgílio, com 39 jogos disputados. Pinga foi também o jogador que mais marcou ao Sporting, com treze golos marcados.
Emblema
Em 1906, é criado o primeiro emblema do clube, que consistia numa bola de futebol azul com as iniciais "FCP". Mais tarde, na Assembleia Geral de 26 de outubro de 1922, é aprovado o novo símbolo do FC Porto, desenhado pelo artista gráfico e também jogador do clube, Augusto Baptista Ferreira, mais conhecido por "Simplício". Este novo logótipo representa uma simbiose do antigo emblema com as armas da cidade do Porto. A bola azul representa a modalidade mais antiga do clube. D. Maria II atribiu armas à cidade do Porto em janeiro de 1837: um escudo esquartejado com as armas reais (sete castelos e cinco quinas) no primeiro e quarto quartéis, e as mais antigas armas da cidade do Porto. No segundo e terceito quartéis, um coração, que representa o legado que D. Pedro IV deixou à cidade. Daí a presença das armas no logótipo do clube. O Colar e Grã-Cruz, da Antiga e Muito Nobre Ordem da Torre e espada de Valor Lealdade e Mérito, do qual pende a respetiva medalha, encontram-se presenciados à volta das Armas. Por fim, a Coroa Ducal e o dragão negro do poder, eram pertencentes às antigas armas dos Senhores Reis destes Reinos, em cujo pescoço está uma fita com a palavra Invicta, nome que D. Maria II atribuiu ao Porto.
Associados
O número de adeptos do FC Porto tem vindo a crescer devido ao sucesso que o clube tem vindo a ter nas diversas modalidades do clube.90 Num estudo feito pela Sport+Markt em 2009, de cerca de 4,699 milhões de portugueses que revelaram ser interessados ou muito interessados em futebol, o FC Porto tem cerca de 1,3 milhões de adeptos, menos novecentos mil que o Benfica e mais duzentos mil que o Sporting. No mesmo estudo e agora na Europa, de entre 9,6 milhões de adeptos da modalidade, 600 mil desses adeptos apoiam o FC Porto. Assim, o clube ocupa a 44ª posição do ranking dos clubes mais populares da Europa, com um total de 1,9 milhões de adeptos. No mesmo ano, um outro estudo feito pela Futebol Finance revela que o FC Porto é o quinto clube com mais sócios do mundo e o segundo em Portugal, com cerca de 120 mil sócios. No setor informático, o FC Porto tem cerca de 2,3 milhões de gostos no Facebook e cerca de 170 mil seguidores no Twitter.94
A primeira claque organizada do clube surgiu nos anos 30, com o apoio da direção portista. Chamava-se "Esquadrão Azul e Branco", formada por volta de 1934. Ao longo dos anos, foram-se criando mais claques, como é o caso de "Força Azul", "Esquadra Azul" e "Dragões Azuis". A atual principal claque do clube tem como nome "Super Dragões", criada a 30 de novembro de 1986 por um grupo de adeptos descontentes com a já extinta "Dragões Azuis". A partir desse dia, começaram a ocupar no topo sul do Estádio das Antas, e hoje são a claque portuguesa mais numerosa e uma das maiores do mundo. Mais tarde, surgiu o "Colectivo", que mudou de nome em 2000 para "Colectivo Ultras 95". Foi constituída a 6 de julho de 1995 por dissidentes dos Super Dragões e instalou-se no topo norte das Antas.
Equipamentos e materia
As suas cores devem ser as da bandeira da Pátria [azul e branco naquela altura], e não as cores da bandeira da cidade, que tenho esperança que o futuro clube há-de ser grande, não se limitando a defender o bom nome da cidade, mas também o de Portugal, em pugnas desportivas contra os estrangeiros.
José Monteiro da Costa
A primeira equipa de futebol do FC Porto foi constituída por oito jogadores com camisolas brancas e colarinhos vermelhos, dois com camisolas listadas azuis e brancas e um de encarnado. Mas nos tempos iniciais, vestia-se maioritariamente de vermelho, "à Arsenal", cor mais defendida nesse tempo. O verde também se usou, pois eram as cores da cidade. Mas em 1909, José Monteiro da Costa, que defendia o azul e branco por serem as cores da monarquia, aprovou as mesmas, ignorando o uso das cores da cidade.
Em 1966, foram confecionados 103 fatos de treino, 548 calções e 156 pares de botas para o clube, após o desaparecimento dos colarinhos tipo pólo.
Foi apenas em 1975 que os futebolistas do FC Porto começaram a usar camisolas feitas por marcas estrangeiras, neste caso pela Adidas. Com o futebol a ser cada vez mais profissional e popular, o clube aderiu pela primeira vez na época 1983–84 ao patrocínio no equipamento. A Revigrés foi o primeiro parceiro estampado na frente das camisolas, a troco de 50 mil euros anuais. Foi ainda o primeiro clube português a fazê-lo. Mas o FC Porto tinha ainda outro parceiro, a empresa de Adolfo Roque, já falecido, embora sem visibilidade nas camisolas. Mais tarde, o clube começou a usar nos equipamentos das equipas uma nova tecnologia, desenvolvida pela Nike com o nome de "Pro Combat", que permite aos jogadores do FC Porto combater com mais eficácia o frio, e, no caso dos calções, proteger contra o risco de lesões. Para além disso, as camisolas de futebol eram feitas à base de garrafas de plástico recicláveis, de modo a permitir uma maior evaporação do suor e o aumento da frescura da pele, e conforto dos atletas, para além de essencialmente preservar o ambiente. Para cada camisola, era usada oito garrafas. Atualmente, é a empresa norte-americana Warrior que produz os equipamentos do clube.
Finanças
Nos finais do século XX, em 1997, é criada a Futebol Clube do Porto – Futebol SAD (Sociedade Anónima Desportiva), tendo como objetivos a gestão e a organização do futebol no clube. Foram três os accionistas fundadores da SAD: Investiantes – Investimentos Desportivos, Lda, detendo noventa e nove mil novecentos e noventa e sete ações (50%); o próprio clube, detendo oitenta mil ações (40%); e a Câmara Municipal do Porto, detendo vinte mil ações (10%). No mesmo ano, a 20 de julho, a Futebol Clube do Porto – Basquetebol SAD é criada, sendo o grande objetivo a exclusividade da gestão técnica e financeira da modalidade e a participação em competições desportivas profissionais.
Em 2005, o Forbes avaliou o valor do clube para 106 milhões de dólares, ficando assim na 25ª posição da lista. Estes dados são relativos à época 2004–05 e foram baseados nas antigas transações, nos valores corporativos das equipas publicamente negociadas e no negócio do atual estádio do clube.
A 1 de agosto de 2011, o FC Porto assume a direção e a gestão do Porto Canal. O clube adquiriu a parte detida pela Media Luso (97%), pertencente ao grupo espanhol Mediapro, mediante um acordo que previu uma aquisição completa de capital em três anos e o compromisso de fornecimento de programas durante quatro anos, cujo tecto mínimo é de 60%.
Futebol
A maior vitória de sempre foi de 19–1, fora contra o Coimbrões para o Campeonato Regional do Porto no dia 22 de janeiro de 1933, e de 18–0 em casa contra o Ginásio Lis a 3 de abril de 1932 para o Campeonato de Portugal. A maior vitória no primeiro escalão foi de 14–0, contra o Leça a 22 de fevereiro de 1942. A maior vitória na Taça de Portugal foi contra o Sanjoanense, a 30 de maio de 1943, por 15–1. Nas competições europeias, a maior vitória da equipa foi de 9–0 contra o Rabat Ajax a 17 de setembro de 1986, para a 1ª eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1986–87. A maior derrota de sempre foi contra o Sporting por 9–1 em casa, a 4 de abril de 1937 para a Primeira Divisão Experimental. A maior derrota na Taça de Portugal foi de 7–0 em casa contra o Vitória de Setúbal a 13 de junho de 1943. Na Europa, a maior derrota de sempre foi contra o AEK de Atenas para a Taça dos Campeões Europeus a 13 de setembro de 1978.
O jogador que mais marcou no clube em competições oficiais foi o português Fernando Gomes, tendo marcado 352 golos em 455 jogos nas 13 épocas ao serviço do clube (1974–1989), obtendo assim uma média de 0,77 golos por jogo e 27,1 golos por época. Gomes foi também por seis vezes o melhor marcador do campeonato (totalizando um total de 288 golos no clube para a liga), e por duas vezes o melhor da Europa. O segundo melhor marcador foi Pinga, com 314 golos marcados. O defesa que mais golos marcou na equipa foi Zé Carlos. O brasileiro marcou 26 golos em seis épocas no dragão em 1989–90 e entre 1991 e 1996. Vítor Baía, antigo guarda-redes do clube, foi o jogador que mais títulos da Primeira Divisão venceu, com dez troféus conquistados. O portista que mais jogou na equipa principal foi João Pinto, que fez 587 jogos entre 1981 e 1997. João Pinto é também o jogador que mais jogou na seleção enquanto portista, tendo estreado em 16 de fevereiro de 1983 contra a França e feito 71 partidas. Os jogadores que mais jogaram numa só época foram Vítor Baía (1990–91), Drulović (1999–00), Hulk e João Moutinho (ambos em 2010–11), os quatro com 53 jogos. O primeiro portista internacional foi Artur Augusto, cuja estreia aconteceu a 8 de dezembro de 1921.115 A aquisição mais cara de sempre foi a do brasileiro Hulk, tendo o FC Porto pago 19 milhões de euros. Curiosamente, a saída dele para o Zenit São Petersburgo foi também a venda mais alta de sempre do clube, juntamente com Radamel Falcao, tendo rendido 40 milhões de euros em 2012 e 2011 respetivamente.
A maior assistência no Estádio das Antas aconteceu em 1980, quando 59 327 espetadores foram ver a equipa jogar contra o Benfica. A maior assistência no atual Estádio do Dragão foi de 50 818 espetadores, contra o Deportivo La Coruña em 2003.