Então eu convido você pra minha casa e você não deixa que me chamem pelo meu nome. E ainda manda tapar a minha assinatura. Será que você vai me chamar pelo meu nome quando vier jogar com a sua seleção?
Eu sei que é só ler o seu regulamento que você vai achar argumentos para tapar o meu nome. Está lá. Artigo 91, por exemplo.
Mas será que como tantas coisas que estão na regra e não são cumpridas não dava para mais uma vez passar por cima e deixar seguir o jogo?
Tapar o nome da Allianz no Parque é das medidas menos inteligentes que se pode ter notícia entre tantas desinteligências econômicas e jurídicas. Pouco inteligente. Nada esperta. Zero respeitosa.
Falo também por mim. A Unimed Seguros, parceira da CBF, foi uma das patrocinadoras do meu filme “12 de Junho de 1993 – O Dia da Paixão Palmeirense”. Parceira também no primeiro evento do Allianz Parque – justamente a exibição do documentário.
Problema algum tivemos. Maturidade é isso. Allianz Seguros abriu as portas para a exibição de um filme com patrocínio e até merchan da Unimed Seguros. Faz parte do jogo.
O que não pode é ter jogada justificável e dar ainda mais publicidade a um patrocinador. O marketing positivo que ganhou a “banida” Allianz não tem regulamento e regulamentação que justifiquem. Para qualquer sentido. O planeta Terra sabe que esse é o nome do estádio – tenho dúvidas quanto ao globo terrestre.
Quem não sabia ficou sabendo graças aos advogados de porta de vestiário e aos marqueteiros que entendem mais de regras que de marketing. Enquanto seguirmos discutindo direito de nome e não o dever de chamar pelo nome próprio não vou nem entrar nos números que não fecham nas contas dos clubes.