Tenho falado muito em fatos concretos, desde que iniciou-se a publicação da coluna. Muitos desses fatos poderiam ser transformados em fábulas, mas foram realidades.
Existem histórias tremendamente engraçadas sobre participação de botonistas, em situações que poderiam fazer nossos leitores darem boas risadas. Deixarei para uma próxima coluna algumas dessas histórias engraçadas. Hoje vou transcrever uma fábula que li no blog do amigo Adauto Sambaquy e que mostra o respeito que envolve o futebol de mesa entre as pessoas que escrevem, que produzem artigos e que exploram a opinião pública com assuntos envolventes.
A fábula tem o título: O MAIS NOBRE DOS ESPORTES.
Conta-se que o homem mais rico do mundo desejava saber qual era o mais nobre dos esportes, e, para isso chamou três sábios: um da China, porque a China é o berço da sabedoria; outro da França, porque a França é o berço da ciência e outro dos Estados Unidos, que não são o berço de coisa nenhuma, mas ganham muitas medalhas nas Olimpíadas.
Logo que os três sábios chegaram à casa do magno magnata, este lhes perguntou: - “Senhores, qual o mais nobre dos esportes? Aquele que me convencer disso, receberá, como prêmio, um pote de ouro”.
Então o chinês disse: - Honorável senhor, em todos os esportes há nobreza, mas em nenhum outro há mais do que no xadrez. Ele é um jogo de estratégias e inteligências, onde mais conta o cérebro do que qualquer outra coisa. O xadrez é o esporte do intelecto. Depois, satisfeito com suas próprias palavras, sentou e tomou o seu chá.
Então o francês falou: “Monsieur, nenhum esporte se compara à esgrima. Na esgrima treinamos a pontaria e a rapidez, defesa e ataque, reflexos e precisão. É um esporte onde todo o corpo é chamado a agir, e por isso é o esporte da habilidade física. Depois, satisfeito com suas palavras, sentou-se e bebeu seu vinho.
Então o norte-americano rosnou: Mister, o xadrez e a esgrima são ok, mas o mais nobre dos esportes é o pôquer, que exige dissimulação e farsa, psicologia e trama. Ele não é jogado apenas com o corpo e o cérebro, mas também com a alma. É o esporte do controle emocional. Depois, satisfeito, sentou e bebericou sua Diet Cola.
O homem mais rico do mundo, diante de tudo, disse que necessitaria de algum tempo para pensar sobre aqueles profundos arrazoamentos, e, como pensar dá fome, pediu uma pizza pelo telefone.
Quando o entregador chegou com a pizza, o homem mais rico do mundo, por brincadeira, resolveu lhe perguntar qual era o esporte mais nobre: o xadrez, a esgrima ou o pôquer. O entregador não se fez de rogado e disse: - Esses três esportes são importantes, mas o mais nobre de todos é o futebol de botão.
Os três sábios caíram na gargalhada, mas o entregador permaneceu imperturbável.
- Vejam, o futebol de botão é uma síntese do conhecimento humano. Ele necessita de movimentos estratégicos como o xadrez, pede pontaria, reflexos e precisão como a esgrima e requer autodomínio como o pôquer. O futebol de botão, senhores, é o único esporte onde são necessários intelecto, habilidade física e controle emocional. Tudo ao mesmo tempo e em igual proporção.
Todos ficaram boquiabertos com tais idéias e as aplaudiram com entusiasmo.
O entregador então fez uma partida de botão com cada um dos presentes para celebrar a mais nobre das artes. Ele venceu o chinês por 8 a 0, o francês por 9 a 0 e deu de 10 a 0 no norte-americano. Estranhamente, porém, perdeu de 1 a 0 para o anfitrião; e com um gol contra.
O homem mais rico do mundo ficou tão feliz com a inesperada vitória que não deu apenas um pote de ouro ao entregador de pizza, mas também a mão de sua linda filha e única herdeira.
E a moral dessa fábula esportiva, se é que há alguma, é que é bom ser sábio, mas melhor ainda é ser sabido.
Extraído do livro: “OS CABEÇAS DE BAGRE TAMBÉM MERECEM O PARAÍSO”
Espero que tenham gostado dela, assim como eu gostei. E me digam se realmente não é verdade tudo isso. Sugiro que convidemos os entregadores de pizza a jogarem botão.
Até a próxima.
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