1966: A COPA DO MUNDO DE EUSÉBIO

Em 1966, todos os olhos estavam voltados para o Brasil. A Copa do Mundo da Inglaterra poderia ser o palco para o tricampeonato mundial da seleção brasileira, triunfo que faria com que a Taça Jules Rimet fosse entrega de forma definitiva para o escrete canarinho.
Porém, em nosso caminho havia uma forte seleção, que contava com o melhor jogador europeu da época: Portugal, comandada pelo moçambicano Eusébio – Bola de Ouro de 1965 -, estreava na competição e contava com o talento do craque africano, radicado em terras lusas, para ir longe no Mundial. O camisa 13 de Portugal seria o algoz do Brasil no certame e aquele Mundial seria a consagração definitiva do Pantera Negra, um dos maiores craques da história, morto neste domingo, aos 71 anos de idade, vítima de uma parada cardiorrespiratória.
Se os dois gols marcados contra a seleção brasileira (já havia feito um contra a Bulgária) eliminaram os então bicampeões do mundo da Copa, a partida que ficaria para sempre marcada por sua grande atuação seria a seguinte, contra a zebra Coreia do Norte (que havia surpreendido a Itália na fase anterior, eliminando a Azurra de forma precoce na competição), nas quartas de final.
Após ver os asiáticos abrirem 3 x 0, com apenas 25 minutos de jogo, Eusébio comandou uma das viradas mais impressionantes da história das Copas: fez quatro gols, demonstrando uma incrível tranquilidade, comandando a equipe lusa na vitória por 5 x 3.
O Pantera Negra faria ainda outros dois gols no Mundial, um na derrota para a Inglaterra, nas semifinais, que eliminou sua seleção da competição (na partida que seria conhecida como “Jogo das Lágrimas” – derrotado, o craque deixou o gramado com um pranto copioso), e outro na disputa de terceiro lugar, contra a União Soviética. Com nove gols, Eusébio foi o artilheiro da competição, marcando seu nome no livro de ouro dos Mundiais.

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