Num tempo onde os jogos eletrônicos e vídeo games arrebatam verdadeiras legiões de jovensque verdadeiramente se enclausuram em seus quartos na frente de televisões e computadores, muitos esportes vem perdendo espaço e vendo seu futuro em risco.
Para que esta ameaça não atinja nosso futmesa precisamos ser cada vez mais criativos na busca de alternativas para divulgá-lo e promovê-lo. Tarefa difícil frente a desigualdade bélica entre os eletrônicos e os nossos botões...
Enquanto os eletrônicos bombardeiam nossas crianças com seu verdadeiro, potente e versátil arsenal de sons, imagens e interatividade, nosso futmesa continua mantendo suas características ao longo dos anos. Seu vínculo primário ao futebol de campo, paixão nacional, a necessidade de estratégia e de técnica na execução das jogadas são os atributos que nos seduzem e nos fazem manter a tradição deste espote já quase centenário no Brasil.
Me parece inegável que os benefícios da prática do futmesa, em relação a dos eletrônico, são muito maiores para adultos e principalmente para crianças. Esta mistura lúdica de habilidades e emoções do futebol, da sinuca e do xadrez já seriam suficientes para justificariam meu parecer mas, seguramente, o que de mais valioso vejo no futmesa é a promoção da socialização! Enquanto os eletrônicos transformam nossos jovens em verdadeiros "servos", absorvendo seu tempo e reduzindo drasticamente suas oportunidades de relacionamento interpessoal, o futmesa aproxima as pessoas de uma forma espetacular, promovendo uma verdadeira "net" de amizades e fraternidade.
Graças aos eletrônicos, temos muitas crianças e adolescentes alienados de tudo! A começar pela própria família! Não têm mais tempo nem vontade de estar com seus pais, o diálogo torna-se quase que impraticável e acabam sendo educados por suas máquinas. Sobre as consequências desta realidade, melhor argumentação devem ter os psicólogos e psicanalistas mas, na minha visão veterinária, isto é terrível para a sociedade.
Que tipo de homens e cidadãos serão nossos jovens eletronizados?
Serão eles nossos governantes, nossos políticos, nossos juízes? Que contribuição poderão dar a sociedade?
É claro que não podemos generalizar mas, é certo que, infelizmente, muitos jovens estão sendo aliciados eletronicamente e vivendo nestas condições de escravidão. Trocam a noite pelo dia para satisfazerem seus desejos e acabem se distanciando cada vez mais de sua família e de seus amigos. Sem pai nem mãe, sem amigos, sem namoro, sem ninguém não virtual, sem ninguém de verdade! Dificuldades na escola, depressão, drogas e a inevitável dessocialização são o salário de muitos destes jovens.
No futmesa a coisa é diferente! O isolamento mórbido da lugar à convivência fraterna, a frieza da clausura da lugar ao calor das amizades, a tristeza dá lugar a alegria e o virtual da lugar à realidade!
É evidente que o futuro de nossos jovens depende de muitos outros fatores mas, se queremos uma sociedade fraterna, devemos estimulá-los a realizarem atividades que promovam esta qualidade. O futmesa, com segurança, é uma delas e, se sozinho não é definitivo, particularmente pode contribuir para um futuro melhor para nossos jovens.
O certo é que: o futuro do futmesa depende de nossas crianças!